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Tragédia em Linhares: pastora recebe ameaças de morte

Tragédia em Linhares: pastora recebe ameaças de morte

Afirmação é dos advogados que fazem a defesa do pastor George Alves, preso por atrapalhar as investigações e alterar cena no imóvel incendiado

Publicado em 3 de maio de 2018 às 23:12

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A pastora Juliana deixou a delegacia aos prantos nesta quinta-feira (3). (Frideberto Viega | TV Gazeta Norte)

A pastora Juliana Salles, mãe das crianças carbonizadas em Linhares, está recebendo ameaças de morte. A afirmação é dos advogados que fazem a defesa do pastor George Alves, preso no último sábado (28) por atrapalhar as investigações policiais.

Tragédia em Linhares; pastora recebe ameaças de morte

Ainda de acordo com os advogados voluntários que fazem a defesa do pastor, a mãe das crianças está muito abalada após a perda trágica de Kauã e Joaquim e que tem se sentido pressionada por causa de falsas notícias veiculadas nas redes sociais.

Juliana e George moravam há pouco tempo no imóvel, que era alugado. No dia da tragédia, 21 de abril, ela estava com o filho caçula em um congresso em Minas Gerais. Na casa incendiada estavam o pastor, o filho Joaquim e o enteado Kauã. George disse à polícia que tentou salvar as crianças, mas que não conseguiu.

DEPOIMENTO E CELULAR APREENDIDO

A pastora Juliana Salles prestou depoimento na 16ª Delegacia Regional de Linhares na manhã desta quinta-feira (3), e saiu do local aos prantos. Ela chorou durante o depoimento, que demorou quatro horas, e teve o celular apreendido pela polícia. Ela saiu da delegacia em uma viatura descaracterizada, ainda chorando.

Procurada pela reportagem, a defesa do pastor George informou que teve acesso ao inquérito policial e está estudando o caso. Uma junta com cinco advogados faz a defesa. Segundo uma das advogadas que representa o acusado, a polícia foi precipitada em prender o pastor, “uma vez que ele estava à disposição e em nenhum momento se recusou a prestar depoimento”.

Além disso, a defesa disse que não há fundamentos para a manutenção da prisão e reitera que acredita na inocência de George. Também questiona o fato de os peritos terem recolhido o ar-condicionado apenas na quarta-feira, “sendo que desde o início todos mencionaram a possibilidade do fogo ter iniciado no aparelho”.

Questionada sobre um possível pedido de habeas corpus, a defesa avisou que já está tomando as providências. Sobre o estado do pastor, a advogada não quis se pronunciar.

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Quem também prestou depoimento nesta quinta-feira foi um membro da Igreja Batista Vida e Paz, que emprestou o carro a George, um Classic preto. Na última quarta-feira foi realizada uma perícia no veículo com o uso do luminol, uma substância que detecta vestígios de sangue. O automóvel foi devolvido ao proprietário.

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