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Tragédia em Linhares: peritos voltam à casa onde irmãos morreram

Tragédia em Linhares: peritos voltam à casa onde irmãos morreram

Peritos chegaram ao local por volta das 14h30 desta sexta-feira (11)

Publicado em 11 de maio de 2018 às 17:37

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(Brunela Alves | Gazeta Online)

A casa onde os irmãos Kauã e Joaquim morreram carbonizados em 21 de abril, na cidade de Linhares, passou por uma nova perícia nesta sexta-feira (11). Dois peritos da Polícia Civil de Vitória foram até Linhares para realizar os trabalhos. Essa foi a sexta perícia realizada no imóvel desde o dia da tragédia.

Na primeira meia hora de trabalho, um dos peritos saiu duas vezes para buscar ferramentas na viatura. Por volta das 16h15, dois bombeiros chegaram ao imóvel. A equipe fez medição dos cômodos da casa e deixou o local após três horas, por volta das 17h45.

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MAIS DOIS BOMBEIROS PRESTAM DEPOIMENTO

Mais dois bombeiros que participaram do combate ao incêndio que vitimou os irmãos kauã, 6 anos, e Joaquim, 3 anos, prestaram depoimento na manhã desta sexta-feira (11) na 16ª Delegacia Regional de Linhares. Os bombeiros ficaram no local por cerca de 40 minutos. Nesta quinta, outros dois bombeiros também prestaram depoimento.

Os militares fizeram parte da equipe de 10 bombeiros que trabalhou para apagar o incêndio na residência.

O combate às chamas na casa durou cerca de cinco minutos. Quando os bombeiros chegaram ao local, a porta do quarto das crianças já havia sido consumida pelo fogo.

A EVOLUÇÃO DA INVESTIGAÇÃO

Os irmãos Kauã, de 6 anos, e Joaquim, 3, foram enterrados nesta quinta-feira (10) no Cemitério Municipal de São José, em Linhares. (Carlos Alberto Silva )

Dezenove dias após a morte dos irmãos Kauã Salles, de 6 anos, e Joaquim Alves, de 3 anos, em um incêndio na casa onde moravam em Linhares, pelo menos 22 pessoas prestaram depoimento ou foram ouvidas pela Polícia Civil durante as investigações. O caso está sob segredo de Justiça.

Entre as pessoas que prestaram depoimento na 16ª Delegacia Regional do município estão a mãe das crianças, a pastora Juliana Salles, e o pastor George Alves, preso desde 28 de abril no Centro de Detenção Provisória de Viana II, acusado de atrapalhar as investigações, alterar a cena do incêndio e manter contato com testemunhas. Ele é casado com Juliana e é pai de Joaquim.

Segundo a Polícia Civil, George Alves jogou papéis, livros e outros objetos no local da tragédia, mesmo com o quarto isolado. A polícia acredita que trata-se de uma conduta prejudicial para a coleta de elementos.

Pastor Georgeval Alves Gonçalves, conhecido como George Alves, segue preso. (Brunela Alves | Gazeta Online)

Além disso, os depoimentos do pastor também seriam "contraditórios e inconsistentes". Fontes da polícia tratam o caso como complexo devido ao aprofundamento das investigações. Quem comanda as investigações é o delegado Romel Pio de Abreu Júnior, titular da Delegacia de Divisões Penais e Outros (Dipo).

Ao todo, foram realizadas cinco perícias na casa. A primeira foi feita no dia do incêndio, 21 de abril. A última foi no dia 2. Em uma delas, foi feita análise com o reagente luminol, que indicou vestígios de sangue. O sangue encontrado será confrontado com os padrões biológicos das vítimas.

Um carro usado pelo pastor foi apreendido. O Classic, de cor preta, é de um membro da Igreja Batista Vida e Paz, que era liderada por George e Juliana. Foi realizada uma perícia com luminol e depois o automóvel foi devolvido ao dono.

Para auxiliar nas investigações e entender as circunstâncias do incêndio foram recolhidas imagens de câmeras de segurança da rua onde a tragédia aconteceu e de outros lugares que George frequentou após a morte dos meninos, como lanchonetes, hotéis e shopping.

Nesta quarta-feira (9), dois bombeiros que estiveram na casa no dia da tragédia foram à delegacia prestar depoimento. Eles ficaram na unidade policial por duas horas e, na saída, não conversaram com a imprensa. Fontes informaram que novas testemunhas serão ouvidas, e faltam os resultados das perícias para a conclusão do inquérito, mas não há um prazo determinado para isso.

A reportagem procurou a advogada Taycê Aksacki, que faz parte da defesa de George, para saber se foi feito um novo pedido de habeas corpus para o acusado, já que o primeiro foi negado. Ela preferiu não se manifestar.

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