A Polícia Civil de Linhares concluiu o inquérito policial sobre a tragédia em que os irmãos Kauã Salles, de 6 e Joaquim Alves, de 3 anos foram estuprados, agredidos e queimados vivos pelo pastor Georgeval Alves Gonçalves, 36 anos, que é pai de Joaquim e padrasto de Kauã.
Os irmãos foram mortos carbonizadas no dia 21 de abril, dentro do quarto deles, na casa onde a família morava no Centro de Linhares, no Norte do Espírito Santo.
Georgeval Gonçalves foi indiciado por duplo homicídio triplamente qualificado e duplo estupro de vulneráveis. A soma das penas pode chegar a 126 anos.
O delegado André Jaretta, titular da 16ª Delegacia de Linhares e membro da força tarefa que investigou a tragédia informou que o inquérito será entregue em mãos a promotora Rachel Tannembaum, da 2ª Promotoria Criminal crimes dolosos contra a vida de Linhares.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) também confirmou por meio de nota que a Polícia Civil concluiu o inquérito policial, onde foi relatado ao Ministério Público a autoria de Georgeval Alves Gonçalves nos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado (emprego de fogo; uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas e para assegurar a ocultação de outro crime) e duplo estupro de vulnerável (majorado por ser ascendente de uma das vítimas e padrasto da outra).
A polícia também descartou qualquer indício que aponte a participação de outras pessoas no caso.a mat
ANÁLISE E DENÚNCIA
De acordo com a assessoria da promotora, o prazo legal para análise do inquérito policial é de até cinco dias, para que haja a formalização da denúncia pelo Ministério Público Estadual (MPES) à justiça.
A promotora já havia informado que deverá pedir a prisão preventiva do investigado George, em entrevista ao Gazeta Online concedida no dia 25 de maio.
Diante da gravidade dos fatos, da periculosidade e da conduta do pastor, vamos solicitar a prisão preventiva, disse Rachel. O pastor era líder da Igreja Batista Vida e Paz de Linhares, junto com a esposa, a também pastora Juliana Salles, mãe das crianças. De acordo com o inquérito, ela não teve participação no crime e não foi investigada.
O pastor está preso desde o dia 28 de abril e teve a prisão temporária prorrogada por mais 30 dias, por decisão da justiça, no último dia 22 de maio.
ADVOGADOS DE DEFESA
A junta de advogados voluntários que fazem a defesa do pastor George Alves Gonçalves disseram que ainda não conseguiram ter acesso ao inquérito policial do caso.
As informações são da advogada Milena Freire, que informou à reportagem que ainda não foi possível sair de Minas Gerais para o Estado, por conta da paralisação dos caminhoneiros e a falta de combustível para o deslocamento.
Desta forma, os advogados também não puderam visitar o acusado, que está preso no Centro de Detenção Provisória de Viana II (CDPV II) desde o dia 28 de abril. "Assim que se resolver a problemática da gasolina, vamos ao Estado para tratar sobre o caso", disse.
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