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George deixava faltar alimento e medicamentos aos irmãos, diz decisão

George deixava faltar alimento e medicamentos aos irmãos, diz decisão

De acordo com a decisão do juiz o juiz André Dadalto, o pastor deixava as crianças passarem diferentes necessidades

Publicado em 21 de junho de 2018 às 15:04

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Prisão do Georgeval Alves. (FRIDEBERTO VIEGA/ TV GAZETA)

A cada parágrafo, uma revelação ainda mais chocante. A decisão judicial que determinou a prisão preventiva da pastora Juliana Salles traz os maus-tratos sofridos pelos irmãos Kauã, 6 anos, e Joaquim, 3 anos, antes mesmo do horror vivido pelos meninos no dia 21 de abril, quando foram agredidos, abusados e queimados ainda com vida por Georgeval Alves.

De acordo com a decisão, conseguida em primeira mão pelo jornalista Bruno Dalvi, da Rede Gazeta, o pastor George deixava as crianças passarem diferentes necessidades. "Por sua vez, a denunciada Juliana, genitora da vítima, mesmo sabendo do desvio de caráter da pessoa do corréu Georgeval, a iniciar pela diferença de tratamento entre os filhos do casal e o enteado, inclusive que deixava faltar alimento, medicamentos e atendimento médico a elas, tinha ciência que ele tinha comportamento sexual incompatível com a sua 'pregação', já que em troca de mensagens a mesma dizia ter "nojo" e ele dizia se sentir "imundo" e um "lixo" por seus comportamentos".

DOMINAR A CIDADE DE LINHARES

A denúncia continua: "Embora toda a vida levada pelo denunciado Georgeval, a ré Juliana o apoiava em seus propósitos de ascender na igreja, angariando fiéis e dominar a cidade de Linhares/ES, alcançando, assim, qualidade de vida financeira até então não experimentada por eles".

DESPREZO PELAS CRIANÇAS

O juiz também destaca que "deve ser levado em consideração que os depoimentos da acusada Juliana são contraditórios com os laudos e relatórios feitos nos telefones utilizados pelos réus, onde ela afirmou que o denunciado Georgeval era um bom pai e possuía uma relação harmoniosa, o que não se coaduna com as mensagens trocadas por eles, que demonstra que tinha um relacionamento conturbado e um desprezo de Georgeval pelas crianças".

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Outro trecho do documento chama a atenção. "O Ministério Público trouxe no bojo da denúncia e dos pedidos de decreto de prisão preventiva que os acusados abrigavam e franqueavam a entrada de 'fiéis' na casa em que residiam, das quais não tinham conhecimento da índole e antecedentes, mesmo ali residindo as três crianças, que já esboçavam relatos de abusos sexuais. Inclusive, a acusada Juliana deixava os filhos aos cuidados de terceiros onde em uma das vezes ele pede a uma das moradoras para entregar o filho menor para uma das frequentadoras da igreja para amamentá-lo". 

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