> >
Mãe acusa professora de agredir criança em Linhares

Mãe acusa professora de agredir criança em Linhares

O caso aconteceu em uma escola municipal de Linhares. O menino está com arranhões nos braços e nas costas

Publicado em 13 de junho de 2018 às 20:16

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Menino de 7 anos teria sido agredido por professora em Linhares. (Arquivo pessoal)

A mãe de um menino de 7 anos acusa a professora de uma escola municipal de Linhares, no Norte do Estado, de agressão. De acordo com a diarista de 45 anos, o garoto chegou do colégio, no final da tarde desta segunda-feira (11), com diversos arranhões nos braços e nas costas, e teria dito que foi a professora quem fez as marcas. A criança é diagnosticada com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

A faxineira contou que sua filha de 20 anos viu os hematomas nos braços do irmão quando ele foi tomar banho. “Então liguei para a escola e me disseram que todo mundo viu que meu filho não estava quieto na fila e a professora pegou ele pelo braço e o segurou. Mas aquilo (os arranhões) não é só segurar, não. Não tem lógica”, afirmou a mãe. O nome da criança, da mãe e da escola não serão revelados para preservar a identidade do menor.

Segundo ela, o menino fica assustado quando conta o que aconteceu na escola. “Ele diz que a tia o pegou pelo braço, que doeu, que ele chorou, mas depois ele trava”, explicou. A faxineira ressaltou que o filho faz tratamento e toma medicação para a hiperatividade. “O que me deixa indignada é que ele vai medicado para a aula, ele fica mais concentrado e mais tranquilo. Tanto que ontem (terça-feira) fui à escola conversar e ele estava calmo. Mas a escola quis dizer que ele se machucou em casa, é um absurdo”, lamentou.

A mãe ainda acusou a professora de ter ameaçado a criança. “Ontem (terça-feira), um dia depois da agressão, meu filho me contou que a professora teria dito que mandaria a polícia prendê-lo. Eu fico pensando o que ele passa com ela. Ela deveria ser afastada porque não tem condições de lidar com crianças. Fico com medo do que pode acontecer com meu filho enquanto ele está na escola”, destacou.

Menino de 7 anos teria sido agredido por professora em Linhares. (Acervo pessoal)

A direção e a coordenação da escola municipal teriam proposto mudar o menino de turma e de turno. “Mas eu não aceito. Ele está com essa turminha desde 1 ano, fora que já está acostumado a estudar à tarde. O certo é tirarem a professora, não o meu filho. Eu quero justiça, ela não pode ficar na sala de aula”, afirmou a faxineira.

Além disso, a faxineira comentou que toda criança faz as suas artes e com seu filho não é diferente. “O que eles fazem de errado tem que ser punido, a professora deve conversar com a criança, precisa avisar os pais para educarmos. Mas não agir dessa forma que ela fez, machucando o menino”, reclamou.

De acordo com ela, outras mães também estão preocupadas com o que aconteceu e um colega da turma teria visto a profissional ser agressiva com o menino, em outra ocasião. “Como que uma professora pega uma criança de 7 anos e a imobiliza? Um coleguinha do meu filho contou isso para a mãe dele, viu quando a professora fez isso com meu filho num outro dia”, revelou a faxineira.

Um boletim de ocorrência foi registrado pela mãe na 16ª Delegacia Regional de Linhares e o menino passou por exame de corpo de delito no Serviço Médico Legal de Linhares (SML). O resultado fica pronto em alguns dias.

Na terça-feira (12), o Conselho Tutelar esteve na casa da família e avisou que está tomando as medidas cabíveis. Já a Prefeitura de Linhares informou que a Secretaria Municipal de Educação abriu uma sindicância interna para apurar os fatos. “Caso fique comprovada qualquer ação irregular da profissional as medidas administrativas serão tomadas”, diz a nota.

Procurada, a Polícia Civil disse, em nota, que o caso será encaminhado à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Linhares, onde seguirá sob investigação. “Demais informações não serão repassadas, no momento, para não atrapalhar a apuração dos fatos”, informou.

Este vídeo pode te interessar

 

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais