Os advogados de defesa que representam o pastor George Alves e também a esposa dele Juliana Salles, que foi presa na cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, na noite de terça-feira (19), disseram que ela não estava foragida ou escondida. A pastora Juliana Salles é mãe dos irmãos Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos, e Joaquim Alves, de 3 anos que morreram carbonizados no dia 21 de abril, na casa onde eles moravam, no Centro de Linhares.
A defesa informou que a pastora estava em Teófilo Otoni para fazer acompanhamento médico psiquiátrico, por conta da repercussão do caso e ameaças de morte que ela vinha sofrendo em Linhares.
Na cidade mineira, eles disseram que Juliana também era acompanhada por pastores da Igreja Batista Vida e Paz, sendo cuidada por eles e inclusive frequentando os cultos.
PRISÃO
Juliana Salles foi presa na casa de um dos pastores da Igreja Vida e Paz, onde estava com o filho de 2 anos, na cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, na noite de terça-feira (19).
O mandado de prisão dela foi expedido pelo juiz André Bijos Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares, na última segunda-feira (18), no mesmo dia em que a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual contra Juliana e o pastor Georgeval Alves.
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) informou, por meio da Promotoria de Justiça de Linhares, que ofereceu à Justiça a denúncia contra Georgeval Alves Gonçalves e Juliana Sales e pediu a prisão preventiva dos mesmos, por prazo indeterminado, pelos crimes de duplo homicídio, estupros de vulneráveis e fraude processual. Georgeval Alves Gonçalves responderá ainda pelo crime de tortura.
Questionado sobre as acusações que pesam sobre a pastora, o advogado Helbert Gonçalves informou que a defesa ainda não teve acesso às informações. "Não tivemos acesso ainda... Tão logo tenhamos, iremos nos manifestar. Não esperávamos nada contra a Juliana. Ela não era investigada, acusada ou outra coisa parecida. Ela nem estava na cidade no dia dos fatos", disse.
Confira o comunicado da defesa na íntegra:
A defesa informa que, ao contrário das informações que estão sendo veiculadas, Juliana não se encontrava foragida ou escondida, uma vez que a mesma sequer era investigada ou tida como suspeita da morte dos filhos, conforme concluiu a própria investigação da Polícia Civil de Linhares. A Pastora Juliana estava em Teófilo Otoni para acompanhamento médico psiquiátrico em virtude dos fatos ocorridos, uma vez que vinha sendo ameaçada de morte na cidade de Linhares, o que a impedia de se locomover até mesmo para ir ao médico. Na cidade de Teófilo Otoni, a mesma também estava sendo acompanhada por seus pastores e sendo cuidada por eles, inclusive frequentando cultos, o que afasta qualquer versão de que a mesma tivesse o animus de se esconder ou fugir.
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