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'Quem sabia de alguma coisa, vai pagar; Deus é justo', diz avó de Kauã

"Quem sabia de alguma coisa, vai pagar; Deus é justo", diz avó de Kauã

Em entrevista ao Gazeta Online, na manhã desta quarta-feira (20), Marlucia Butkovsky, 56 anos, conta como o filho, Rainy Butkovsky, reagiu à prisão e afirma que a família contratou um advogado para ser assistente de acusação

Publicado em 20 de junho de 2018 às 13:18

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Uma sensação de satisfação misturada com muita tristeza. É assim que a avó paterna do menino Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos, vê a prisão da pastora Juliana Salles nesta segunda-feira (18), em Minas Gerais. Em entrevista ao Gazeta Online, na manhã desta quarta-feira (20), Marlucia Butkovsky, 56 anos, conta como o filho, Rainy Butkovsky - pai do Kauã -, reagiu à prisão e afirma que a família contratou um advogado para ser assistente de acusação. Para a avó, qualquer pessoa que tenha participado ou sido convivente com o crime precisa pagar. 

Ao Gazeta Online, a promotora Rachel Tannenbaum, da 2ª Promotoria Criminal de Linhares – crimes dolosos contra a vida –, responsável pelo caso que investiga a morte dos irmãos Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos, e Joaquim Alves, de 3 anos, alegou na denúncia que baseou o pedido de prisão que Juliana Salles tinha conhecimento do risco que as crianças sofriam por estarem sozinhas com o pastor George. Leia a entrevista com a avó de Kauã.

Vocês já sabiam da prisão da Juliana?

Isso a gente já sabia desde ontem. Graças a Deus.

Vocês contrataram um advogado para ser assistente de acusação?

Sim.

A senhora sabe o motivo de ela ter sido presa?

Oficialmente, o porquê não. Mas, com certeza, alguma conivência, de alguma coisa em relação a mesmo depois do acontecido.

Por que vocês contrataram um advogado? Começaram a desconfiar dela?

Pra nós, não importa nome. Eu acho que quem participou, quem sabia, que teve conivência com isso aí, vai pagar. Isso é com certeza. Seja quem for, quem for. Porque o que aquele monstro fez, não tem justiça nessa terra. Não tem. Infelizmente, quem estava sabendo de alguma coisa, vai pagar, porque Deus é justo. Não aquele Deus deles cheio de fogo.

Então vocês acham que ela tinha algum tipo de conivência, não que ela participou diretamente do crime?

Eu acredito que, com certeza, descobriram alguma coisa. Pra isso a polícia está fazendo.

Qual é a sensação de vocês ao saber da prisão?

É uma sensação que a gente sabe que o negócio está andando. A gente fica satisfeito de saber que está andando. Como te falei, se qualquer um que tenha participação, que soube disso antes do evento ou que foi conivente depois do acontecido, vai pagar. Duas crianças inocentes, inclusive meu neto, meu único neto. Ele (George) fez aquela barbaridade toda com aquelas crianças. Ele não pode ficar impune e quem soube, que foi conivente, tem que pagar. De um jeito ou de outro, tem que pagar.

Como vocês estão vivendo depois disso tudo?

Um dia após outro na presença de Deus. Pedindo misericórdia a Deus para poder suportar isso tudo.

Vocês desconfiavam do George ou da Juliana em algum momento ou as desconfianças começaram depois que toda essa tragédia veio à tona?

Até então, a gente nunca soube de nada. Como a gente não sabia, a gente só sabia que ela ia para aquela igreja lá. Quando vai para igreja, você acha que é coisa boa. Depois de tudo isso, não tem como. Agora, se ela foi negligente, pode ter certeza, que ela paga também. E se mais alguém tiver conivente com isso, que soube, que apoiou, vai ser punido também. Pode ter certeza.

Mas você acha que tem mais gente envolvida no caso?

Eu não posso dizer. Mas, se tem, pode ter certeza absoluta, vai pagar e vai pagar feio.

E o Rainy, como ele está lidando com isso tudo?

Depois que ele soube da notícia, ele saiu aqui do restaurante, se revoltou agora. Daqui a pouco ele volta.

Ele tá muito nervoso? Ficou satisfeito com a prisão dela?

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A gente fica satisfeito porque sabe que a situação está andando, não tá ficando parada. Mas, no fundo no fundo, ninguém fica feliz com uma situação dessa. Uma mãe, como a gente tem visto tanta notícia de mãe, de pai negligente. É impossível. Não tem como.

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