> >
Tragédia em Linhares: servidores investigados após relatos de abusos

Tragédia em Linhares: servidores investigados após relatos de abusos

Kauã e Joaquim relataram na escola que sofriam abusos; prefeitura vai investigar quais procedimentos foram tomados

Publicado em 21 de junho de 2018 às 19:46

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Os irmãos Kauã e Joaquim. (Facebook)

Após a revelação de que os irmãos Kauã e Joaquim relataram abusos sexuais na escola municipal onde estudaram, em Linhares, a prefeitura da cidade anunciou que vai abrir procedimento administrativo para apurar o caso e sinalizou que o resultado das investigações, no âmbito administrativo, pode culminar com a exoneração de servidores.

Entretanto, a prefeitura não informou quais procedimentos a escola adotou após tomar conhecimento dos relatos das crianças. A reportagem perguntou se o caso foi levado ao conhecimento da secretaria Municipal de Educação, da Polícia Civil e do Conselho Tutelar, e se a conduta dos servidores da escola foi condizente com as diretrizes estabelecidas pela município. Nada foi respondido pela prefeitura.

“O município vai buscar acesso ao inquérito policial, que estava em segredo de Justiça para tomar as medidas cabíveis, como a abertura de procedimento administrativo, que pode resultar em exoneração. Quanto à eventual questão criminal por omissão cabe ao Ministério Público ou ao órgão competente”, destacou a prefeitura por meio de nota.

A decisão judicial que determinou a prisão preventiva da pastora Juliana Salles diz que os irmãos Kauã e Joaquim haviam relatado na escola os abusos sexuais sofridos pelos irmãos.

"A vítima Kauã em certas ocasiões chorava desesperadamente, mas alegava aos seus professores que não podia relatar a motivação", afirma um trecho da decisão.

"Joaquim, também na escola, relatava que sofria abusos sexuais, quando então os acusados lá compareceram no estabelecimento de ensino afirmando que os abusos não eram praticados no âmbito doméstico e familiar", destaca outro trecho da decisão.

Segundo as investigações, o pastor George e a pastora Juliana tentavam direcionar a culpa das agressões ao menino para outra criança de 5 anos de idade.

Este vídeo pode te interessar

As descobertas surgiram após perícia no celular do pastor George Alves e de Juliana, onde os especialistas chegaram a encontrar troca de fotos das crianças machucadas.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais