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Ex-funcionários da CST protestam para receber dinheiro de indenização

Ex-funcionários da CST protestam para receber dinheiro de indenização

Os manifestantes alegam que não receberam o repasse do dinheiro de uma indenização antiga da empresa

Publicado em 17 de julho de 2018 às 19:45

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Protesto de ex-funcionários da CST. (Brunela Alves)

Cerca de 400 ex-funcionários da antiga Companhia Siderúrgica Tubarão (CST), atualmente ArcelorMittal Tubarão, realizaram um protesto na tarde desta terça-feira (17), em Colatina, região Noroeste do Estado. A manifestação aconteceu devido a uma audiência no Ministério Público de Trabalhador (MPT) que aconteceu à tarde no município. Eles alegam que não receberam o repasse do dinheiro de uma indenização antiga da empresa. 

Os manifestantes, que saíram da Grande Vitória, percorreram ruas do centro da cidade com faixas, apitos e cartazes. O MPT de Colatina aceitou a denúncia e abriu um Inquérito Civil para investigar se os direitos trabalhistas de 5,5 mil trabalhadores foram violados. 

A audiência foi marcada pelo procurador Bruno Gomes Borges da Fonseca, com representantes dos ex-trabalhadores, da Arcelor Mittal, da Caixa Econômica Federal e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, de Material Elétrico e Eletrônico no Estado do Espírito Santo. 

TRABALHADORES

Um dos ex-funcionários, o aposentado Diorge Alves Costa, 70 anos, disse que só alguns trabalhadores receberam o dinheiro. "A empresa diz que nos pagou, mas só algumas pessoas receberam. Queremos que ela prove que nos pagou também, pois não vimos a cor desse dinheiro. Isso não é justo, pois também temos direito", disse.

O ex-programador de transportes, o aposentado Orlando Pedro da Vitória, 61 anos, disse que a categoria espera que o direito seja reconhecido. "Trabalhei por anos na empresa, de 1980 a 1991, e esse direito trabalhista não foi repassado para a nossa categoria. Por isso, estamos aqui reivindicamos o que é nosso e esperamos que a vitória aconteça depois de tanto tempo lutando. Não vamos desistir", disse.

O OUTRO LADO

Após a audiência, os advogados que representam os trabalhadores informaram que foi aberto um prazo para manifestação e requerimentos das partes para esclarecimento dos fatos.

Por meio de nota, o Ministério Público do Trabalho no Espírito Santo (MPT/ES) disse que não iria se pronunciar acerca da audiência desta terça-feira (17), tendo em vista que o caso é de alta complexidade e ainda está em andamento. Por isso, qualquer pronunciamento neste momento seria precipitado.

A ArcelorMittal Tubarão informou que cumpre com todas as obrigações legais trabalhistas e que nunca deixou de arcar com seus compromissos. Informou, ainda, que não existe nenhuma pendência de pagamento referentes ao processo em questão.

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Já a Caixa Econômica Federal informou que irá se manifestar nos autos do processo.

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