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Quatro professores são presos em esquema de diplomas falsos no ES

Quatro professores são presos em esquema de diplomas falsos no ES

Ação investiga uso de diplomas falsos por professores para conseguir mais pontos em concursos públicos

Publicado em 25 de julho de 2018 às 15:21

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Malotes com documentos apreendidos foram levados para a Promotoria de Justiça de Linhares. (Ariele Rui)

Quatro professores foram presos na manhã desta quarta-feira (25), na região Norte do Estado, acusados de participar de um esquema de uso de diplomas universitários falsos para conseguir mais pontos em concursos públicos. As prisões fazem parte da primeira fase da Operação Mestre Oculto, do Ministério Público do Espírito Santo (MPES). Duas pessoas foram detidas em Rio Bananal e outras duas em Linhares.

A operação começou logo cedo com agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Norte), que estiveram na casa de um professor no bairro Shell, em Linhares. Uma professora também foi presa no município. Ambos são acusados de participar da fraude. As duas outras prisões, também de professores, aconteceram em Rio Bananal. Os nomes dos presos suspeitos de envolvimento no esquema, e qual o papel deles na fraude, não foram divulgados.

Além dos quatro mandados de prisão temporária, ainda foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão. Nove malotes com documentos foram levados à sede da Promotoria de Justiça, em Linhares. Parte do material foi apreendido no polo de uma instituição de ensino no bairro Conceição.

Em coletiva de imprensa, os promotores explicaram que as investigações tiveram início em Rio Bananal. Ao todo, pelo menos 150 pessoas que usaram diplomas falsos foram identificadas nas investigações. Há suspeitas de casos em outras cidades da região Norte do ES.

Segundo o promotor de Justiça do Gaeco, Bruno de Freitas Lima, o objetivo da operação é desarticular um esquema fraudulento de obtenção de diplomas falsos para conseguir vantagens em concursos públicos no Norte do Estado. Já o promotor de Justiça da Comarca de Rio Bananal, Adriani Ozório do Nascimento, ressaltou que o esquema é muito maior e as investigações vão continuar. Apenas professores são investigados.

A ação foi realizada por meio do Gaeco-Norte e da Promotoria de Justiça de Rio Bananal, e ainda conta com o auxílio do Grupo de Apoio aos Promotores (GAP) e do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do Ministério Público.

O promotor Adriani Ozório do Nascimento explicou que a investigação começou no município de Rio Bananal.

“Foi uma investigação interna do município de Rio Bananal, que comparando diplomas com os locais de trabalho de determinados professores, verificou-se indícios irregulares na expedição de documentos. Daí foi criando uma linha investigativa e descobrimos que tinha muito mais pessoas que estavam envolvidas no mesmo esquema”, disse.

O promotor Bruno de Freitas Lima contou que o objetivo da operação era desarticular o esquema de obtenção de diplomas falsos.

“Essa operação visa desarticular um esquema fraudulento, portanto criminoso, de obtenção de diplomas falsos para ingressar em concursos públicos”, informou.

SERRA

Neste ano, a Prefeitura da Serra, na Grande Vitória, demitiu 300 professores acusados de usar diplomas falsos em processos seletivos do município. As demissões aconteceram entre fevereiro e julho, em uma média de 50 funcionários da educação exonerados por mês.

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Entre as irregularidades, a prefeitura encontrou professores temporários que declaravam a realização de cursos que nunca foram feitos. Foram encontrados até diplomas falsificados da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

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