A pastora Juliana Pereira Sales Alves, 27 anos, já pode ser transferida para o Espírito Santos. As informações foram confirmadas pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejus).
A Sejus informou que recebeu a determinação do Poder Judiciário nesta segunda-feira (9) e já está adotando as medidas cabíveis para a transferência da detenta para o Espírito Santo. Por isso, a data da transferência ainda não foi definida.
Juliana Sales está no presídio em Teófilo Otoni, em Minas Gerais, desde o dia 20 de junho. Ela foi presa na noite de terça-feira (19), em Teófilo Otoni, acusada de conduta omissiva que culminou na morte dos filhos Kauã e Joaquim, em 21 de abril, em Linhares.
A Secretaria de Estado de Administração Prisional (SEAP) mineira, que administra o presídio, informou que o atraso na transferência de Juliana é em razão dos trâmites que envolvem as secretarias de dois Estados. Por isso, o processo de transferência ainda não foi realizado e, por enquanto, não há definição de qual Estado fará o procedimento.
CELA SEPARADA
A pastora foi denunciada pelos crimes de duplo homicídio, estupros de vulneráveis e fraude processual. Por se tratar de um crime de repercussão, Juliana está na cela isolada, para preservar sua segurança. A Seap afirmou que nenhuma ocorrência ou anormalidade foi registrada sobre a presa no Presídio de Teófilo Otoni.
PRESÍDIO
A Sejus também informou, que se for acionada pela Secretaria de Segurança mineira, poderá prestar apoio para realizar a escolta para o Espírito Santo.
Além disso, uma avaliação deverá ser feita para determinar em qual dos quatro presídios femininos existentes no Estado a pastora poderá ser encaminhada.
Os quatro presídios são o Centro Prisional Feminino de Cariacica (CPFC), o Centro Prisional Feminino de Colatina (CPFCOL), o Centro Prisional Feminino de Cachoeiro de Itapemirim (CPFCI) e também a Penitenciária Regional de São Mateus (PRSM), que tem um presídio feminino.
TJES
A assessoria do Tribunal de Justiça do Estado (TJES) informou que como o processo ainda está sob segredo de justiça, que foi decretado pelo juiz a pedido do Ministério Público, e não teria informações sobre o pedido de transferência e processo.
DEFESA
Procurada pela reportagem, a defesa informou que não sabia de informações sobre a transferência da Juliana.
Por meio de nota, a junta de advogados que representam o casal de pastores informou: "Em relação à Juliana, o desrespeito é ainda maior, após encerramento de inquérito policial, que chegou à conclusão de que não havia qualquer indício de que Juliana possuía qualquer conhecimento sobre o que acontecera naquele fatídico dia 21 de abril, ou que tivesse agido ou deixado de agir (sido omissa) para a ocorrência da tragédia; isso após análise de todas as provas acostadas nos autos inclusive análise das mensagens de WhatsApp trocada entre ela e o marido, nada de novo fora produzido após o encerramento do inquérito policial que apresentasse justa causa no indiciamento de Juliana, muito menos em sua prisão, tendo sido afastada de filho de apenas 1 ano e 2 meses que ainda mamava no peito!".
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