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Famílias aceitam deixar casas para abertura de canal em Linhares

Famílias aceitam deixar casas para abertura de canal em Linhares

Obras devem ocorrer neste sábado (22), caso famílias não descumpram acordo

Publicado em 21 de setembro de 2018 às 19:07

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Casas às margens do Rio Pequeno serão desocupadas. (Tiago Queiroz Curty)

As 12 famílias restantes que vivem às margens do Rio Pequeno, em Linhares, região Norte do Estado, e estavam resistindo em sair, aceitaram deixar as casas até as 8 horas da manhã deste sábado (22), para que sejam feitas as obras de rebaixamento do canal para aumentar a vazão da água acumulada da lagoa Juparanã para o Rio Pequeno. Até agora, 44 famílias, do total de 56, já se deslocaram para hotéis ou casas alugadas pela Fundação Renova.

Na tarde desta sexta-feira (21), foi assinado um termo de acordo com representantes dos moradores, da Fundação Renova e da Defensoria Pública com as condições propostas pelas famílias para que pudessem deixar suas casas. A Renova aceitou na íntegra as proposições dos moradores.

Dentre as proposições estão: o adiantamento da indenização para comerciantes e donos de casas alugadas que sofreriam com as perdas de renda imediatas por conta da desocupação, que deverão receber o valor de R$ 5 mil em até 5 dias úteis; a ampliação de seguranças no entorno das casas, com a colocação de câmeras e vigilantes; a realização de inventário com levantamento dos bens que ficarão nas casas e a realização de laudos e vistoria cautelar das condições estruturais atuais das casas.

Segundo a defensora pública Mariana Andrade Sobral, caso alguma família descumpra o acordo, o canal não poderá ser aberto neste sábado (22), como previsto.

"As famílias se comprometeram a sair e estão indo para hotel e casas alugadas pela Fundação Renova. Caso alguém não saia, o canal não será aberto amanhã e terá que se iniciar outra negociação. A não abertura do canal incorrerá no atraso das obras de escoamento da água que promove o alagamento de algumas regiões, como por exemplo, o patrimônio da lagoa em Sooretama", disse.

As obras no local são necessárias porque o barramento construído de forma emergencial em 2015, para tentar proteger a lagoa do contato com a lama de rejeitos de minério da tragédia em Mariana (MG), corre o risco de se romper e uma vez que o contato entre a lagoa e o Rio Doce se dá através do Rio Pequeno.

Obra na barragem de Linhares. (Reprodução)

A expectativa da Fundação Renova é de que com essa medida de rebaixamento do canal, a vazão alcance 100 m³ por segundo e o nível da Juparanã fique entre 6,5m a 7,5m quando começar o novo período chuvoso.

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Além dessas obras, a Renova informou que estão sendo realizadas outras medidas de prevenção para reforçar o barramento, as proteções das encostas e da ponte que cruza o rio Pequeno. Um sistema de monitoramento do nível do rio Doce, da lagoa Juparanã e do rio Pequeno também deverá ser implantada.

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