> >
Hospital de Linhares usa rede para bebês internados

Hospital de Linhares usa rede para bebês internados

Recém-nascidos ficam em incubadoras com rede de balanço para ajudar na recuperação e melhorar a saúde dos pequenos

Publicado em 13 de setembro de 2018 às 15:25

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Recém-nascido em rede de balanço dentro de incubadora em hospital de Linhares. (Divulgação)

Para simular o aconchego do ambiente uterino, trazer mais conforto e ainda melhorar a saúde de recém-nascidos internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), um hospital de Linhares faz um tratamento chamado Terapia na Rede, que consiste em colocar pequenas redes de balanço nas incubadoras para os bebês.

Dentro dessa redinha, o recém-nascido se desenvolve mais rápido, de acordo com o pediatra Marco Aurélio Oliveira, especialista em pediatria neonatal. “Por simularem o espaço intrauterino, as redes acalmam os bebês, diminuindo o estresse, melhoram o sono, organizam melhor os bebês e ajudam no seu desenvolvimento neuropsicomotor”, destacou.

Já a fisioterapeuta Ariany Bitencourte da Silva Fracalossi, responsável pela implantação da técnica na Utin do Hospital Rio Doce em março, afirmou que as redes dentro das incubadoras melhoram a qualidade da recuperação do recém-nascido. “Muitos prematuros nascem com menos de um quilo e só vão receber alta quando estiverem com mais de dois quilos. Este é um processo demorado, que estressa pais e filhos. Na rede, o bebê poupa suas energias, o que favorece o ganho de peso, e tem menos risco de desenvolver lesão que surge após o contato constante da pele com o colchão”, explicou.

Para o tratamento ser liberado, o recém-nascido precisa estar clinicamente estável, sem auxílio de oxigênio na respiração e com boa frequência cardíaca. O bebê deve ser colocado na rede quando acordado, e não sedado, para que participe do processo e aproveite o momento.

"RECUPERAÇÃO BOA"

Mãe de um menino que está internado há mais de 50 dias na Utin do hospital, Flávia Tintore Barbosa contou que seu bebê usa a rede desde os 12 dias de nascido. “Eu desconhecia o método e foi surpresa para mim porque nunca tinha visto. Percebo as mudanças nele após o uso da rede. Meu filho praticamente não se mexia e agora já se movimenta bastante, quase não olhava ao redor e passou a olhar, a recuperação está sendo muito boa”, contou Flávia.

Este vídeo pode te interessar

A empresária Magda Giuberti, mãe da pequena Letícia, contou que a filha ficava mais calma e dormia melhor usando a rede de balanço nos 18 dias que passou internada na Utin do Rio Doce. A menina, hoje com 6 meses, nasceu prematura de 33 semanas e precisou ser internada para se recuperar. “Eu nunca tinha ouvido falar nessa técnica, mas minha filha ficou muito mais calma, parecia se sentir segura e também melhorou o sono com o uso da rede. Hoje ela está ótima”, ressaltou Magda.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais