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Malária não oferece mais risco para a população, diz secretário

Malária não oferece mais risco para a população, diz secretário

O surto da doença, começou a ser diagnosticado no início de agosto

Publicado em 3 de setembro de 2018 às 20:15

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Mosquito da malária. (Reprodução/Internet)

Os casos de malária na região Noroeste do Espírito Santo, que concentra o maior número registros, começam a dar sinais de redução.

O secretário municipal de saúde de Vila Pavão, Cláudio da Cruz de Oliveira garantiu que a malária não oferece mais risco para a população do município. No entanto, para se afirmar que a doença está completamente controlada, são necessários pelos menos, 20 dias sem registrar casos.

“Passamos cinco dias consecutivos sem nenhum caso da doença. Apenas, na última quinta-feira (30), foi diagnosticado um caso, num morador do Córrego do Sossego, que após investigações, descobriu-se que a pessoa é frequentador assíduo da região de Conceição do XV. O trabalho de monitoramento da doença continua com a mesma intensidade. Os agentes estão em alerta, buscando e aplicando o teste nas pessoas com o sintoma, e ao mesmo tempo, orientando quanto as medidas de prevenção e mantendo um controle sobre as pessoas que chegam ou viajam para outras regiões do país. Por isso, a doença não oferece mais risco a população”, informou o secretário.

De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesta segunda-feira (03), ao todo são 142 casos confirmados, sendo 111 casos registrados no município de Vila Pavão e 31 em Barra de São Francisco. 

SURTO

O surto da doença, começou a ser diagnosticado no início de agosto. O período crítico da malária em Vila Pavão foi registrado entre os dias 5 a 9 de agosto, quando só no município, os números saltaram de 43 para mais de 90 casos e um idoso morreu por conta da doença. 

A malária é transmitida através picada da fêmea do mosquito Anopheles, também conhecido como mosquito-prego, contaminada pelo protozoário Plasmodium falciparum. Os principais sintomas característicos da doença são febre alta, calafrios, fraqueza e enjoos.

As ações de combate ao mosquito se concentram nas localidades de maior incidência, como o Assentamento Três Corações, Conceição do XV e Praça Rica com trabalho de conscientização e orientação da população; pulverização com inseticida nas residências; circulação carro fumacê pelas ruas das comunidades; distribuição de repelentes e aplicação de testes rápidos nos moradores das regiões.

LABORATÓRIO DESATIVADO

O laboratório da Secretaria de Estado da Saúde (SESA), montado na Unidade de Saúde do bairro Nova Munique, em Vila Pavão, foi desativado na semana passada e os testes rápidos com laminas de sangue para detectar a doença, agora são realizados no Posto de Saúde da sede e nas unidades de Praça Rica, Conceição do XV (Cascudo) e Córrego Lindemberg pelos agentes comunitários de saúde, sempre que houver casos suspeitos.

TRATAMENTO

O tratamento supervisionado é iniciado com doses de medicamento durante três dias. Após o período de três dias, começam os testes de verificação para saber se realmente o paciente foi curado. Em um período 40 dias de tratamento até a liberação, são realizadas seis laminas de sangue no paciente.

LIBERAÇÃO PARA EVENTOS

O surto de malária fez o município de Vila Pavão editar dois decretos no início do mês agosto. Um decretando situação de emergência em saúde pública e outro proibindo a realização de eventos com aglomeração de pessoas, após as 17 horas, por conta revoada (aumento) do mosquito a partir desse horário e evitar que mais pessoas fossem contaminadas.

Porém, na quinta-feira (06) o decreto que regulamentava a realização de eventos no município foi revogado, após uma reunião realizada no dia anterior entre os membros da Sala de Situação, que monitora e coordenada as ações administravas de combate a malária no município. Eles apresentaram dados da Secretaria de Estada da Saúde (Sesa) que indicam o controle da doença, através de queda acentuada nos números de casos.

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Outra justificativa apontada para a revogação é que a proibição causou impactos sociais e econômicos aos munícipes, empresários e comerciantes locais.

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