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Vídeo envolvendo prefeito gera crise na Saúde em São Mateus

Vídeo envolvendo prefeito gera crise na Saúde em São Mateus

Daniel Santana postou vídeo dizendo que médica deixou plantão da UPA antes do horário e ameaça exonerar o secretário de saúde. Dez médicos pediram demissão após o episódio

Publicado em 13 de setembro de 2018 às 14:03

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O Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes) afirmou que vai processar o prefeito de São Mateus, Daniel Santana, por assédio moral, calúnia e difamação contra profissionais da área após uma confusão na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), no bairro Carapina. O episódio aconteceu no final da tarde de domingo (8) e resultou no pedido de demissão de 10 médicos que atuam com contratos de Designação Temporária.

Na ocasião, Santana esteve na unidade de saúde e postou um vídeo nas redes sociais, onde afirma que uma médica deixou o plantão mais cedo e diz que vai exonerar o secretário municipal de Saúde após uma paciente reclamar de dores e falta de atendimento no local.

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De acordo com o Simes, “o prefeito denegriu a imagem de profissionais com falsas afirmações de que os médicos teriam abandonado o trabalho no último domingo por volta das 18h30”. O sindicato afirma que havia dois médicos na UPA, que estavam no período de troca de plantão, que acaba às 19 horas.

“O resultado da ação desastrosa e criminosa do prefeito foi o pedido de demissão em massa, nesta quarta-feira (12), de 10 médicos que se sentiram completamente desrespeitados e desvalorizados por quem deveria se portar como um verdadeiro gestor público. A profissional citada no vídeo havia se voluntariado para o plantão de domingo, atendendo quase 100 pacientes em 12 horas, enquanto o preconizado pelo Conselho Federal de Medicina é o de 40 atendimentos. Os médicos assinaram uma nota de repúdio em relação à atitude do prefeito”, destaca a nota.

O sindicato ainda explica que a médica citada no vídeo deixou o plantão às 17h50, mas em acordo com a direção da unidade de saúde, pois ela precisava se dirigir para realizar outros atendimentos em uma cidade próxima. Além disso, a profissional entregou o plantão para dois médicos (um pediatra e um clínico geral) antes de ir embora e a UPA estava vazia no momento da gravação, com apenas uma paciente, segundo a associação.

“O Simes ressalta que a população de São Mateus não está desassistida, uma vez que o Hospital Estadual Roberto Silvares continua normalmente com seus atendimentos. Da mesma forma, a Unidade de Pronto-Atendimento de São Mateus não paralisou suas atividades. Duas enfermeiras fizeram o acolhimento, encaminhando os pacientes para o Roberto Silvares”, finaliza a nota do Sindicato dos Médicos.

OUTRO LADO

Procurado nesta manhã, o secretário municipal de Saúde, Eduardo Ribeiro Moraes, disse que não chegou a ser exonerado pelo prefeito, mas pediu, nesta quarta-feira (12), para sair do cargo devido à repercussão do caso.

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A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de São Mateus, mas não recebeu uma resposta até o fechamento desta reportagem.

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