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Como funciona o sonar usado nas buscas por piloto e empresário?

Como funciona o sonar usado nas buscas por piloto e empresário?

O sonar utilizado na lagoa Juparanã pesa cerca de 50kg e mede aproximadamente 2 metros de comprimento

Publicado em 5 de outubro de 2018 às 18:25

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O sonar irá auxiliar nas buscas dentro da lagoa Juparanã em Linhares. (Raphael Verly)

Um equipamento chamado sonar está sendo utilizado para auxiliar nas buscas ao piloto Mayke Stefanelli Barcellos e ao amigo dele Douglas Siqueira Lana que estão desaparecidos há 14 dias após decolarem em uma asa-delta motorizada em Linhares, no Norte do Estado. O sonar utilizado na lagoa Juparanã pesa cerca de 50kg e mede aproximadamente 2 metros de comprimento.

O Sonar é um dispositivo utilizado para construir uma imagem acústica de ambientes aquáticos - mares, rios, lagoas - e também identificar objetos que estejam nesses locais, a partir da emissão de ondas sonoras. A parte do equipamento que vai para a água é chamada de peixe, sendo esta conectada ao computador de bordo por um cabo, o qual é responsável por controlar e interpretar as respostas obtidas pelo sonar.

Há dois dispositivos acoplados à lateral do sonar, chamado de transdutores piezolétricos, que ficam apontados para baixo em lados opostos os quais são responsáveis por emitir pulsos acústicos (som) até o fundo do ambiente aquático. Parte desse 'som' retorna ao equipamento sonorizando uma fina fatia do fundo em cada pulso acústico. Os sucessivos "sons" que vão sendo registados, são organizados linha-a-linha na construção de uma imagem acústica. A energia acústica que regressa ao sonar para formar a imagem em tempo real de toda área navegada é resultado das propriedades do fundo (rugosidade, composição e outros parâmetros físicos).

O oceanógrafo e gerente de análise e processamento de dados Thiago Freitas — sócio da empresa dona do sonar usado em Linhares — explicou como está sendo feito o trabalho de busca na lagoa Juparanã.

"No caso da lagoa, temos a dificuldade dos desníveis da área, que está sendo monitorada. Por isso, estamos focando o trabalho nas regiões mais próximas à costa. Este sonar trabalha em até 200 metros de profundidade, mas a resolução dos objetos é diretamente proporcional à proximidade dos objetos. Assim, quanto mais longe do fundo, menor será a resolução e a capacidade de identificação dos objetos", disse.

De acordo com o tenente-coronel Ferrari do Corpo de Bombeiros, nesta sexta-feira (05), uma equipe de mergulhadores realizou buscas nos pontos identificados pelo sonar na lagoa Juparanã e novos planejamentos estão sendo realizados para definirem as buscas, inclusive com um pedido de outro sonar da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

"Hoje o sonar não foi utilizado porque os mergulhadores foram até os pontos que foram identificados pelo equipamento para realizarem as buscas, mas todos eles deram negativo. Tinham objetos no local, mas não era o que estávamos procurando. Agora, estamos planejando novamente as buscas e vamos tentar conseguir um outro sonar com a Ufes", disse.

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