O Ministério Público do Estado (MPES) deflagrou na manhã desta terça-feira (13) a Operação Estória, um desdobramento da Operação Mestre Oculto, que investiga o fornecimento de diplomas de graduação, com simulação de aulas e atividades aos alunos, visando a obtenção do curso superior. Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e também três mandados de busca e apreensão, todos em Nova Venécia, região Noroeste do Espírito Santo.
Dois professores e sócios de um centro educacional foram detidos e diversos materiais foram recolhidos pela equipe, informou a Polícia Militar. Os mandados de busca e apreensão foram endereçados às casas dos investigados e também a um centro educacional, todos situados em Nova Venécia. As buscas foram coordenadas pelo promotor de Justiça de Rio Bananal, Adriani Ozório do Nascimento.
O promotor informou que os investigados são ouvidos na sede da promotoria e depois serão encaminhados à Delegacia de Polícia do município. A prisão temporária é de cinco dias, mas poderá ser prorrogada se houver necessidade ou transformada em prisão preventiva, segundo Nascimento.
De acordo com a assessoria do Ministério Público, a operação foi deflagrada por meio da Promotoria de Justiça de Rio Bananal, com auxílio do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES e do 2o Batalhão de Polícia Militar de Nova Venécia. O nome é Estória pois remete ao curso oferecido de forma fraudulenta, que é de graduação em História.
MESTRE OCULTO
Nas duas fases da Operação Mestre Oculto, deflagradas em julho e agosto deste ano, o Ministério Público denunciou 11 pessoas à Justiça. O órgão argumentou que os denunciados se associaram para cometerem crimes sistemáticos de estelionato, falsidade ideológica e contra o consumidor, mantendo diversas pessoas em erro.
Para tanto, os acusados prometiam a entrega de diplomas de graduação, pós-graduação e cursos livres a professores, sem a necessidade de comparecimento às aulas presencias em faculdades/ universidades diversas, inclusive de outros estados, como Minas Gerais. A associação criminosa foi descoberta após trabalho da Controladoria do Município de Rio Bananal.
Ainda segundo o MPES, uma família atuava como cabeça da organização criminosa. Everaldo Tom dos Santos, Marinete Assis Cazelli Tom, Rayza Cazelli Tom e Victor Côvre pai, mãe, filha e genro, respectivamente foram apelidados no processo de Clã Tom. Eles seriam os donos da Iape (Gestão, Consultoria, Assessoria e Planejamento Educacional Ltda ME) e da Faculdade de Pinheiros (FAP).
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