Quatro filhotes de cachorro, de apenas dois e três meses, foram encontrados mortos por tiros durante esta semana, em Baixo Guandu, no Noroeste do Estado. A primeira morte aconteceu na quarta-feira (13) e as outras três nesta quinta-feira (14). Todos os cães tinham sido resgatados por uma associação, onde seriam tratados e colocados para adoção em seguida.
As voluntárias que trabalham no local, entretanto, ficaram surpreendidas com a crueldade. Todos eles foram mortos do mesmo jeito, todos apresentavam um buraco na cabeça, contou a auxiliar administrativa Claudiane Costa, que encontrou os filhotes sem vida nas duas manhãs. Além deles, outros quatro cachorros também ficaram feridos.
No registro feito à equipe do 8ª Batalhão da Polícia Militar, Claudiane afirmou que os cachorros já foram enterrados e que suspeita que o crime tenha sido cometido por alguém que se sinta incomodado por causa do barulho ou do odor dos animais. A investigação seguirá sob investigação da Polícia Civil de Baixo Guandu.
MAUS TRATOS É CRIME
De acordo com o Artigo 32 da Lei 9.605 de 1998, quem maltrata animais pode pegar de três meses a um ano de detenção com aumento de um terço ou um sexto da pena em caso de morte. Como maus tratos entende-se: abusar, ferir, maltratar ou realizar experimentos dolorosos a animais domésticos, domesticados ou silvestres.
O delegado Ricardo Barbosa, da Delegacia Regional de Colatina, ressalta ainda desdobramentos desta lei. Maus tratos não é só agressão física, mas também privar o animal de comida e água ou deixá-lo acorrentado. Engloba qualquer situação de sofrimento, incluindo trabalho excessivo de cavalos, por exemplo, esclareceu.
Apesar de positiva, a adoção de animais deve passar por alguns cuidados, de acordo com ele. Muita gente adquire os animais por fotos da internet, sem saber se a imagem condiz com a realidade de onde eles viveram. A condição dos lugares, no entanto, revelam como tal bicho se desenvolveu, esclarece o delegado.
VOLUNTÁRIOS E DOAÇÕES
A Associação Melhores Amigos dos Animais (AMAA) existe há aproximadamente um ano e funciona como lar temporário para cachorros. Atualmente cerca de 25 cães vivem no local e outros 30 já passaram por lá, antes de serem adotados. O trabalho da entidade consiste em resgatar animais em situação de rua e tratá-los para adoção futura.
Toda a ação é feita por meio de voluntários e doações. Nós temos algumas pessoas mais ativas, que alimentam, trocam a água e dão remédios aos cães; e também outras que trabalham na arrecadação de dinheiro, ração, medicamentos e produtos de limpeza. Vivemos apenas disso, explicou a arquiteta Lilian Nepomuceno.
Quem quiser ajudar pode acessar a página da Associação nas redes sociais e enviar uma mensagem privada pelo perfil. A vendedora Estela Pereira garante que todos são respondidos pelas voluntárias. Para resgastes e emergências na região também há um telefone disponível para contato: (27) 9 9790-0766.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta