As consultas e os exames eletivos voltaram a ser realizados nesta quinta-feira (14) pelo Hospital Maternidade São José (HMSJ), em Colatina, no Noroeste do Estado. Desde a semana passada, a unidade que presta serviço à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estava atendendo apenas casos de urgência ou emergência.
O fim da paralisação foi definido em reunião entre representantes do hospital, da Prefeitura e do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), realizada durante a manhã e a tarde dessa terça-feira (12). O acordo entre as partes também prevê que o hospital realize todos os atendimentos cancelados em, no máximo, 15 dias.
Em nota, a Prefeitura de Colatina afirmou que os repasses já voltaram a ser feitos e que em um prazo de 60 dias um novo contrato deverá ser firmado, seguindo regras do Ministério da Saúde. Já o Hospital Maternidade São José garantiu que está organizando a agenda e entrando em contato com as mais de 1000 pessoas que não foram atendidas durante os últimos dias.
ALÍVIO
A retomada dos serviços acalmou pacientes que estavam receosos de não conseguir realizar exames, como a produtora rural Ernir Zenchi Ferreira. Estava com medo de não ser atendida. Cheguei a pensar até que precisaria pagar para fazer o exame em algum hospital particular, disse ela, que aguardava há 30 dias por um raio-x no braço.
À espera de um exame de coração, a aposentada Lindaura Nunes estava feliz quando chegou ao hospital. Eles me ligaram ontem para confirmar o atendimento. Vim de Itaguaçu para cá. Graças a Deus vou conseguir fazer, comemorou.
ENTENDA O CASO
Na quarta-feira (6), os médicos do Hospital Maternidade São José se recusaram a realizar os procedimentos ambulatoriais devido ao atraso no pagamento dos salários, que perdura desde agosto do ano passado. Além disso, a unidade também disse que enfrenta um deficit econômico por causa de atendimentos extras, que já somam 30% do previsto pelo contrato do SUS.
Para agravar ainda mais a situação, o hospital alegou que o repasse de aproximadamente R$ 3,3 milhões, feito pela Prefeitura de Colatina, estava atrasado. Na época, a administração municipal garantiu que estava em dia com o pagamento e que o contrato prevê a retenção de parte deste valor como garantia de que os serviços sejam prestados.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta