Imagina esperar horas em pé e sem água apenas para conseguir um remédio. Esta é a situação que muitos moradores de Colatina, no Noroeste do Estado, estão enfrentando na farmácia municipal, que fica no centro da cidade. Apenas nesta terça-feira (13), diversas pessoas relataram os problemas que enfrentam quando vão ao local.
Dona de casa, Jandira Malagutti já precisou comprar os medicamentos em uma farmácia comercial duas vezes devido à demora. Por causa do meu problema na coluna, não aguento ficar tanto tempo esperando, ainda mais em pé, sem bebedouro e sem banheiro para usar, disse ela, que tentava retirar três remédios.
Já de saída, a costureira Roseni Santos conseguiu o que precisava, mas só depois de longa espera. Cheguei aqui há duas horas e toda vez é a mesma coisa. Eu acho um absurdo! Tem mãe que larga o filho em casa, tem idoso que fica esperando muito tempo. Para quem trabalha também é um problema, porque perde o dia todo. É muito descaso, reclamou.
A lentidão do programa utilizado na farmácia é a principal causa da demora, de acordo com a analista de gestão Camile Guidone. Esse sistema nacional do Ministério da Saúde é online e por isso ele às vezes fica mais lento. Já relatamos essa dificuldade e o governo está tentando fazer com que ele fique mais ágil, explicou.
Apesar do quadro de funcionários da farmácia municipal de Colatina estar completo, ela também orienta a população a procurar as outras sete unidades de saúde, localizadas nos bairros Carlos Germano Naumann, Vila Lenira, Ayrton Senna, Santo Antônio, Columbia, Maria das Graças e Bela Vista. Todas com horário de funcionamento das 7h às 11h e das 12h às 16h, em dias úteis.
DIFICULDADE EM LINHARES
Quem procura a farmácia estadual de Linhares, no Norte do Estado, também está enfrentando problemas com a lentidão no atendimento. Durante a última sexta-feira (8), a equipe de reportagem do Gazeta Online conversou com pessoas que estavam aguardando em média três horas para serem atendidas.
De acordo com os pacientes, falta funcionários para agilizar o atendimento. Tem três horas que só tem uma pessoa trabalhando para atender todo mundo. Ninguém vem aqui por brincadeira, vem porque necessita; e acaba passando mal, sofrendo humilhação, desabafou a aposentada de 67 anos Maria Oscarina de Fárias.
Em nota, a Secretária de Estado da Saúde do Espírito Santo (SESA), por meio da gerência da assistência farmacêutica, afirmou que por fevereiro ser um mês mais curto e por causa do feriado de carnaval, o fluxo de pessoas no início de março aumentou e sobrecarregou o serviço, causando a demora no atendimento.
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