A notícia parecia maravilhosa: duas indústrias chinesas chegariam à cidade de Colatina, no Noroeste do Estado, criando cerca de mil vagas de emprego. Porém, o e-mail enviado para diversos jornalistas, em nome da própria prefeitura da cidade, às 9h53 desta terça-feira (16), era falso. A administração municipal desmentiu o conteúdo por volta das 15h.
A estrutura do e-mail era semelhante à usada pelo município e continha falas fictícias de dois secretários (Kátia Caliari de Souza, de Desenvolvimento Econômico; e Daniel Dadalto Schultz, de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente) e do próprio prefeito, Sérgio Meneguelli (PSDB). Além de ser assinado por nomes da Secretária de Comunicação.
Entre as principais divergências em relação aos conteúdos oficiais enviados quase que diariamente à imprensa, havia dois detalhes: uma letra extra no endereço de e-mail do remetente e a ausência de uma espécie de assinatura digital, que contém o site, a rede social e dois telefones oficiais da Prefeitura de Colatina.
De acordo com o secretário, as fotos anexas, que não conseguiam ser abertas em qualquer computador, tinha conteúdo obsceno. Na tentativa de obter respostas sobre quem seria o responsável pelo conteúdo falso, a Prefeitura afirmou que reunirá todas as informações e confeccionará um Boletim de Ocorrência, junto à Polícia Civil, durante esta quarta-feira (17).
Não temos desconfiança de ninguém. Sabemos apenas que não foi alguém da comunicação, e tampouco da Prefeitura, porque o e-mail não saiu do nosso IP. Amanhã, vamos pessoalmente à delegacia, realizaremos o registro e aguardaremos o que as autoridades vão concluir e dizer sobre o caso, esclareceu José Paulo da Costa.
FALSA PROMESSA
No e-mail, o prefeito de Colatina teria se reunido nessa segunda-feira (15) com um grupo de investidores chineses, que tinha interesse em trazer duas indústrias para a cidade: a Chinalco, que atua na área de metais; e a Xingye, que pertence ao mercado têxtil. Juntas, elas gerariam inicialmente mil empregos diretos.
O texto falso trazia ainda detalhes como os possíveis locais em que as empresas se alocariam, a pretensão de parcerias com companhias locais e a previsão de benefícios das respectivas instalações a longo prazo para a cidade e a região, como a criação de cerca de três mil postos de trabalho, diretos e indiretos.
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