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A história do esporte capixaba em acervo de 20 mil fotos

A história do esporte capixaba em acervo de 20 mil fotos

Maior parte das imagens é de times amadores de Colatina; mais antiga é da década de 1930

Publicado em 16 de maio de 2019 às 22:42

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No passado, Toninho foi jogador e técnico de futebol; hoje, ele tem um acervo com 20 mil fotos sobre o esporte. (Larissa Avilez)

1954 é ano em que nasceu Antônio Jorge Soares da Costa, mais conhecido como Toninho. A data, porém, pouco tem importância. O relevante é que ele nasceu apaixonado por futebol – e a partir dos sete anos de idade, o mineiro de Aimorés passou a viver em Colatina, onde cresceu dentro do meio esportivo. Hoje possui um acervo com mais de 20 mil fotos que contam a história do esporte local.

“Tudo começou em um encontro com amigos em 2006, quando eles me ‘cobraram’ a divulgação de partidas de futebol e outras histórias de Colatina. Eu, então, assumi esse compromisso. Juntei o útil ao agradável”, contou Toninho. A linha do tempo construída pelo material dele, porém, começa muito antes: em 1938, com uma foto do antigo Clube Atlético Colatinense.

“As imagens mais antigas eu fui conseguindo através de colegas, ex-jogadores e amigos daqui da cidade. Muitas dessas pessoas ainda estão vivas, tinham essas fotos dentro de casa e foram me cedendo”, disse agradecido. “Às vezes eu paro e abro o meu acervo… dá para fazer uma viagem no tempo, é uma coisa deliciosa”, completou.

Toninho em 1970 quando era jogador do UACEC; e, agora, em 2019. (Larissa Avilez)

Além de fã de futebol, Toninho também foi jogador e técnico. “Na década de 1970, joguei três campeonatos estaduais como profissional pela União Atlética Colégio Estadual de Colatina (UACEC). Depois, comandei o time de juniores da Associação Atlética Colatina, em 1995”, relembrou o lateral de direito que, na verdade, gostava de jogar no meio de campo.

OUTROS ESPORTES

Nem só de futebol vive Toninho e Colatina. Entre as 93 fotos expostas temporariamente na Casa da Cultura da cidade, há imagens de um time masculino de vôlei e da equipe de handball feminina do Colégio Marista, que foi bicampeã estadual em 1975. “É uma gama de competições que o povo colatinense participava”, resumiu.

Exposição fotográfica traz imagens do esporte colatinense, da década de 1950 até os dias atuais. (Larissa Avilez)

HISTÓRIAS CURIOSAS

Segundo Toninho, a chuva em Colatina rendeu um episódio curioso ao futebol local. “Em 1960, a final do campeonato de futsal precisou ser remarcada quatro vezes. Na quinta data, um empresário resolveu demarcar o chão do armazém de café da propriedade da qual era dono, trazer as traves da quadra e realizar o jogo lá mesmo”, contou.

Dez anos antes, o mesmo empresário, enquanto presidente do Atlético Clube Colatinense, havia protagonizado outra história inusitada. Jogador à época do Fluminense, Beguinha acertou a ida para Colatina e foi buscado no Rio de Janeiro de teco-teco, conforme ordenado. O esforço e o reforço valeram a pena: o clube foi campeão municipal em 1950.

À esquerda, Carlos Bezerra, então presidente do Atlético Clube Colatinense. (Larissa Avilez)

TUDO EM FAMÍLIA

O empresário que teria feito as duas logísticas era Carlos Bezzera, avô de Moisés, que reencontrou o parente através das fotos de Toninho. “Tenho muito orgulho do meu avô ter participado da história do esporte de Colatina. É emocionante vê-lo entre as pessoas retratadas nesta exposição”, comentou saudoso.

Jogador do Colatinense nos anos de 1995 e 1996, Moisés tem até hoje uma ligação forte com o clube e é grato a Toninho. “Além de meu técnico quando eu tinha 17 anos, ele contribuiu muito para que o esporte da cidade fosse levado adiante”, avaliou ele, que espera seguir os passos do avô e assumir, um dia, a presidência do time.

PROJETO ITINERANTE

A paixão não vê limites. Com o intuito de levar a mais pessoas o acervo que tem, Toninho apresentou um projeto de exposição móvel à Secretaria de Educação de Colatina. “A ideia é levar as fotos para escolas de todo o município para que as crianças possam ver os próprios parentes que fizeram parte da história do esporte capixaba”, compartilhou.

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