Um problema antigo para quem reside no bairro Santa Marta, em Aracruz, no Norte do Estado, voltou a aparecer após as fortes chuvas que atingem o município desde sexta-feira (17): ruas alagadas. Por causa da água acumulada, alguns moradores estão ilhados e só conseguem sair ou entrar de casa se estiverem dispostos a atravessar a enchente.
A cabeleireira Elisângela Carvalho é uma delas. Para entrar em casa tenho que passar por toda essa água. Minha mãe tem 83 anos, se ela passar mal, não sei o que farei, desabafou. A prefeitura já prometeu soluções para a gente, mas nunca cumpre. Então, é sempre assim quando chove. Me sinto excluída, completou.
São três ruas que concentram o problema: Fundão, Marilândia e Ibiraçu. Há pessoas que vivem nelas há décadas e viram, neste sábado (18), a história se repetir. Entra e sai prefeito, no final fica tudo assim, alagado, contou a dona de casa Marcionita da Silva. A gente não consegue dormir porque precisa vigiar o nível da água, disse o vizinho dela, Hélio Albuquerque.
Nas últimas 24 horas, Aracruz foi a cidade que mais acumulou água na Região Norte do Espírito Santo. Ao todo, foram 42 mm. A alta concentração de chuva reflete também no dia a dia da população local. Para ir trabalhar, temos que sair com uma bota e um bote, porque a água bate na perna. E é perigoso até de pegar doenças, analisou o encarregado Eronildo Mendes.
De acordo com os moradores, a prefeitura apresentou um projeto de drenagem e pavimentação há cerca de três anos, mas este nunca saiu do papel. A Secretaria de Obras me disse que não tem dinheiro para executar as obras. O poder público fica enrolando e quem sofre é a comunidade, relatou o presidente da Associação de Moradores de Santa Marta, Alaim Matosinhos.
VEJA FOTOS
O QUE DIZ A PREFEITURA
Por meio de nota, a administração municipal de Aracruz informou que já elaborou um projeto de drenagem e pavimentação das ruas de Santa Marta, em Barra do Sahy, e que está buscando recursos para a execução das obras. A Defesa Civil também ressaltou que não há casos de desalojados e desabrigados na cidade.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta