O município de Colatina, no Noroeste do Estado, registrou a primeira morte deste ano causada pelo vírus H1N1. No início deste mês, Vanderleia Aparecida Caser, de 51 anos, ficou gripada e chegou a ser atendida em um hospital particular da cidade. Entretanto, no último dia 16, ela não resistiu e acabou falecendo em decorrência da doença.
Os primeiros sintomas apareceram no dia 6 de julho. Dois dias depois, ela foi para o hospital com muita febre, dor no corpo, congestão e cansaço, contou a irmã Edileuza Caser. Acho que a situação dela foi ainda mais delicada por causa da baixa imunidade, devido ao tratamento contra um câncer linfático, continuou.
No entanto, de acordo com ela, o médico que realizou o atendimento teria sido negligente. Ele pediu um Raio-X, disse que era pneumonia, receitou alguns medicamentos e deu alta. Dois dias depois, ela não conseguia nem se trocar sozinha e foi para o hospital de novo. Nessa ida, eles avaliaram a possibilidade de tuberculose e de H1N1, desabafou.
No próprio dia 10 de julho, Vanderleia já ficou isolada no Centro de Tratamento Intensivo do hospital. No dia seguinte, ela foi entubada e sofreu algumas paradas cardíacas, até o falecimento.
Por meio de nota, o São Bernardo Apart Hospital confirmou que Vanderleia foi atendida na unidade e recebeu diagnóstico de pneumonia. No entanto, reforçou que o atendimento dado não foi negligente, já que o H1N1 é uma pneumonia viral. O texto também diz que a paciente recebeu o tratamento adequado e que o corpo clínico se solidariza com o sofrimento da família.
O VÍRUS E A SITUAÇÃO DE COLATINA
A confirmação de que o H1N1 seria a causa da morte de Vanderleia veio de um exame feito no Laboratório Central do Estado. De acordo com a Vigilância Epidemiológica de Colatina, outras duas pessoas contraíram o vírus, mas já foram tratadas e estão bem. Três casos da cidade também aguardam a confirmação laboratorial.
Coordenadora do órgão municipal, Karla Barcellos Clímaco, ressaltou que, apesar da preocupação que esta morte traz, o número de casos está dentro do esperado. A quantidade está de acordo com a realidade do município. E, infelizmente, com a demora do inverno, esse número ainda pode aumentar, esclareceu.
Fora do público-alvo da vacinação contra a gripe, Vanderleia não havia tomado sido vacinada. A vacina é o melhor meio de prevenção, mas, neste tipo de caso, fazemos um levantamento dos contatos da pessoa e estudamos a necessidade de quimioprofilaxia, para impedir a proliferação do vírus e o surgimento de outros casos da doença na cidade, explicou Karla.
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