As famílias das 220 crianças que estudam na Escola Municipal de Educação Infantil Tia Amélia, em Rio Bananal, no Norte do Estado, estão preocupadas: já são 17 os alunos do colégio que contraíram toxoplasmose. A doença é transmitida por meio de fezes de gato ou de água e comida contaminadas com o protozoário Toxoplasma gondii.
Mãe de um menino de apenas dois anos, Thays Santos Pinheiro não acreditou quando disseram que o filho havia sido infectado. Tudo começou com uma febre. Achei, em um primeiro momento, que fosse apenas uma gripe. Até paguei um exame para confirmar a doença, contou ela, que acusa a escola de omissão.
Também dona de casa, Delzuita Javarini viu a neta de apenas cinco anos apresentar os mesmos sintomas do garotinho e receber igual diagnóstico. Os primeiros casos de toxoplasmose na cidade teriam aparecido durante o último mês de abril, todos em alunos da EMEI Tia Amélia. Até o momento, não há nenhum registro entre os 53 funcionários da escola.
AGUARDANDO CONFIRMAÇÃO
Vice-prefeito e atual secretário de saúde, Edivaldo Fabris disse que amostras de água, alimentos crus, grama e areia foram enviadas para análise da vigilância sanitária estadual e que o município aguarda o resultado. Só depois poderemos confirmar a suspeita de que o foco estaria na escola Tia Amélia e identificar como aconteceu a transmissão, explicou.
Ainda de acordo com ele, antes mesmo da intervenção do Estado, a Prefeitura de Rio Bananal já havia retirado toda a areia da área de lazer da escola, a fim de interromper a proliferação da doença. Uma possível suspensão das aulas foi cogitada, mas a medida teria possibilitado que nenhum dia de aula fosse perdido.
Por fim, Fabris informou que a Secretaria de Saúde do município tomou conhecimento dos casos de toxoplasmose na semana passada e que disponibilizou exames para todos os alunos e funcionários da escola. Quem apresentou os sintomas já fez o teste. Os demais, aparentemente saudáveis, ainda estão fazendo nesta semana, concluiu.
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