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Aposentado mantém museu dentro de casa em Linhares

Aposentado mantém museu dentro de casa em Linhares

São mais de 200 objetos, entre máquinas de escrever, moedas de várias épocas, panelas de diversos tamanhos, rádios e muito mais. Para o colecionador Hedimar Pedrini, cada peça tem sua história

Publicado em 23 de agosto de 2019 às 22:49

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Hedimar Pedrini em seu museu particular, dentro de sua casa, no Centro de Linhares. (Arquivo pessoal)

São mais de 200 objetos que o topógrafo aposentado Hedimar Pedrini guarda em sua casa, em Linhares, região Norte do Estado. O acervo é todo cuidado por ele, que aproveita a tranquilidade da aposentadoria para fazer o que mais gosta: ser um colecionador. São moedas de várias épocas, televisões, bússolas, máquinas de escrever, panelas, ferramentas, rádios, vinis e muitas outras peças que compõem o museu particular.

Para ele, cada objeto tem sua história. “Parte do acervo eu comprei e outra parte ganhei de amigos e parentes. Guardo peças antigas por uma questão de gosto mesmo, quando parei de trabalhar isso me ajudou, encontrei o que fazer. Olhando as peças eu me lembro de tudo: de cada história, das pessoas. Tenho tudo arquivado”, detalhou.

Parte das peças do museu de Hedimar Pedrini, em Linhares. (Arquivo pessoal)

Por muitos anos, Hedimar trabalhou como topógrafo, um profissional que faz serviços de medição, elaboração e atualização periódica de mapas e terrenos. A história do aposentado chega a se confundir com a história de Linhares.

“Quando cheguei, a cidade era muito pequena, só tinha movimento na Rua da Conceição (no Centro). Não tinha ponte, tudo era atravessado de balsa e de canoa. Meu trabalho era desbravar a cidade para medir terrenos que as pessoas iam comprar para construir. Vi nascer bairros como o Araçá e o Três Barras", explicou.

Máquina de escrever antiga no museu de Hedimar Pedrini, em Linhares. (Arquivo pessoal)

Para fazer seu trabalho, ele usava aparelhos que hoje são antigos e fazem parte de sua coleção. "No início, usava uma bússola para fazer as medições. Depois, passei a usar trena de aço, mais tarde a mira e, no final, um aparelho com leitura a laser. Tenho todos no acervo e eles ajudam a contar a minha história e a história de Linhares. E, com meu trabalho, pude conhecer muitas pessoas”, contou, com muito saudosismo.

Agora, a ideia do aposentado é compartilhar seu conhecimento e o acervo que construiu. Ele pretende abrir seu museu para visitação de alunos das escolas de Linhares e também para outras pessoas interessadas em conhecer mais sobre história. “Lembrar do passado é uma maneira de reviver tudo aquilo que já passou. Tudo que era bom no passado e hoje não tem mais”, justificou Hedimar.

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