A região de Colatina, no Noroeste do Estado, passa por um período de dois meses de estiagem. De janeiro até agora, choveu 70% menos que no mesmo período do ano passado. A falta de chuvas castiga os rios e preocupa quem precisa deles.
No município, o Rio Santa Joana está praticamente seco. Por conta disso, os produtores rurais que utilizam precisam da água para irrigarem às lavouras estão fazendo rodízio nos dias molhando as plantações.
A produtora rural Margareti Buzeti contou que houve uma grande diminuição na produção de banana e precisou mudar parte da plantação para outras culturas, que dependam de menos irrigação.
"A gente tirava mil quilos de banana a cada 15 dias com muita facilidade. Agora, precisamos de quase um mês para colher 500 quilos. Agora plantamos quiabo e pepino, que são culturas que consomem menos água e podemos molhar menos. A produção é mais rápida, explicou.
Já o produtor rural João Araújo tem encontrado problemas no cultivo de café. "Vai diminuir bastante a produção. Até agora tivemos uma média de 30% de perda, não tem como molhar mais agora. E vai fazer o que? Não tem como criar chuva, lamentou.
As propriedades de Margareti e João são dependentes do Rio Santa Joana. Agora, com a seca, a situação ficou mais delicada. O volume de água na barragem construída no leito está diminuindo e, abaixo dela, a água deu lugar às pedras. O fluxo já nem corre mais. Em alguns trechos ainda há um pouco de água, mas em outros está completamente seco. O leito foi tomado pela areia.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado da Agricultura informou que será feito um estudo técnico para criar uma estratégia de abastecimento para a região do Rio Santa Joana, porém não estipulou um prazo.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta