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Estiagem deixa rio seco e causa queda na produção agrícola em Colatina

Estiagem deixa rio seco e causa queda na produção agrícola em Colatina

Há quase dois meses sem chuva, o Rio Santa Joana praticamente secou e os produtores rurais sofrem com perdas e encontram problemas para irrigarem os plantios

Publicado em 25 de agosto de 2019 às 14:53

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Onde deveria existir água há imensos bolsões de areia no leito do Rio Santa Joana. (Wando Fagundes/TV Gazeta Norte)

A região de Colatina, no Noroeste do Estado, passa por um período de dois meses de estiagem. De janeiro até agora, choveu 70% menos que no mesmo período do ano passado. A falta de chuvas castiga os rios e preocupa quem precisa deles.

No município, o Rio Santa Joana está praticamente seco. Por conta disso, os produtores rurais que utilizam precisam da água para irrigarem às lavouras estão fazendo rodízio nos dias molhando as plantações.

A produtora rural Margareti Buzeti contou que houve uma grande diminuição na produção de banana e precisou mudar parte da plantação para outras culturas, que dependam de menos irrigação.

Estiagem deixa rio seco e causa queda na produção agrícola em Colatina

"A gente tirava mil quilos de banana a cada 15 dias com muita facilidade. Agora, precisamos de quase um mês para colher 500 quilos. Agora plantamos quiabo e pepino, que são culturas que consomem menos água e podemos molhar menos. A produção é mais rápida”, explicou.

As pedras, antes submersas pelas águas, estão à mostra ao longo do Rio Santa Joana. (Wando Fagundes/TV Gazeta Noroeste)

Já o produtor rural João Araújo tem encontrado problemas no cultivo de café. "Vai diminuir bastante a produção. Até agora tivemos uma média de 30% de perda, não tem como molhar mais agora. E vai fazer o que? Não tem como criar chuva”, lamentou.

As propriedades de Margareti e João são dependentes do Rio Santa Joana. Agora, com a seca, a situação ficou mais delicada. O volume de água na barragem construída no leito está diminuindo e, abaixo dela, a água deu lugar às pedras. O fluxo já nem corre mais. Em alguns trechos ainda há um pouco de água, mas em outros está completamente seco. O leito foi tomado pela areia.

O leito do rio Santa Joana mais parece uma estrada de terra. Há trechos onde não há mais água. (Wando Fagundes/TV Gazeta Noroeste)

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado da Agricultura informou que será feito um estudo técnico para criar uma estratégia de abastecimento para a região do Rio Santa Joana, porém não estipulou um prazo.

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