Parece história de pescador, mas vídeos registraram uma cena bem diferente na Lagoa Nova, em Linhares, na região Norte do Espírito Santo. Nas imagens é possível ver um bicho-preguiça pegando uma carona em um barco para atravessar a lagoa. O animal foi visto por pescadores que ficaram impressionados com a desenvoltura do nadador.
As filmagens foram feitas na semana passada quando os amigos Alexandre, Adílio e o Anivaldo viram algo estranho na água enquanto pescavam. Ao Gazeta Online, Anivaldo Pitta contou como tudo aconteceu: Eu gosto muito de pescar e com isso a gente acaba rodando essas lagoas tudo por aqui. De longe a gente viu apenas a cabeça dela no meio da água, até achamos que seria uma lontra ou algo do tipo, mas quando chegamos perto vimos que era um bicho-preguiça, disse.
Segundo ele, o animal estava nadando quando foi resgatado e recebeu uma ajudinha para chegar do outro lado da lagoa. Nós chegamos mais perto dela e colocamos a preguiça a bordo do bote. Fomos até a margem da lagoa, soltamos e deixamos ela retornar para o seu habitat natural, completou.
Para o Anivaldo, a presença do bicho-preguiça tentando atravessar a lagoa nadando surpreendeu os amigos. Foi uma experiência inacreditável. Eu nunca tinha visto algo parecido, se não tivéssemos filmado, ninguém acreditaria, brincou.
EXCELENTE NADADORA
Em entrevista à reportagem, o biólogo Luciano Cabral ressaltou que uma das qualidades do animal é nadar. A preguiça é uma excelente nadadora e é comum, principalmente em locais alagados, ao se mudar ela nadar até a próxima árvore. Sobre essa situação específica, ela pode ter caído na margem e o vento predominante para o outro lado, contribuído para que ela ficasse no meio da lagoa. É muito difícil a gente precisar o porquê. Ela nada muito bem e é comum que ela opte por nadar, mas não é habitual que ela se aventure por grandes distâncias, explicou.
Sobre a carona dada pelos pescadores para o animal, o biólogo disse que foi uma ação positiva. Foi uma excelente atitude dos pescadores. Pelo menos poupou o animal de riscos maiores, destacou.
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