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Gatos e cachorros morrem com suspeita de envenenamento em Colatina

Gatos e cachorros morrem com suspeita de envenenamento em Colatina

De acordo com moradores, cerca de dez animais perderam a vida nas últimas duas semanas. Eles pedem providências

Publicado em 16 de setembro de 2019 às 20:34

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Crueldade pura. Alguns animais domésticos que vivem no bairro Castelo Branco, em Colatina, no Noroeste do Estado, estão sendo envenenados. Apenas nas últimas duas semanas, já foram cerca de dez bichinhos mortos, entre gatos e cachorros, de acordo com os moradores locais.

Só o pedreiro Lucas Gabriel perdeu as duas cachorras, Lilica e Fofona, na última quarta-feira (11). “Era de manhã e eu estava na academia, quando a minha sogra me ligou, falando que as minhas duas cachorras estavam passando mal. Vim correndo para a casa e fiz o possível, mas infelizmente elas não resistiram”, contou.

Na tentativa de salvá-las, ele usou remédios caseiros e também um indicado por um especialista, mas nenhum surtiu efeito. “Naquele dia, elas tremiam e babavam muito. De acordo com o veterinário, esses são sintomas caraterísticos de quando um animal ingere chumbinho, de quando é envenenado”, revelou.

A perda que Lucas e alguns vizinhos sofreram serviram de alerta para outros moradores do bairro, que deixaram de soltar os animais de estimação na rua. “Como aqui é pacato e tranquilo, todos nós deixávamos os nossos bichinhos brincarem na rua, mas agora estamos com medo”, admitiu a professora Eliana Batista Zamprogno.

Rua do bairro Castelo Branco, em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo. Um dos bairros onde tem acontecido os envenenamentos. (Reprodução | TV Gazeta Noroeste)

Em um passeio recente, o cachorro do comerciante Márcio Zanoni voltou com um osso na boca e deixou o dono preocupado, já que os moradores acreditam que o veneno esteja sendo colocado em alguma comida. “A gente ficou com medo do osso estar envenenado. Por causa dessa covardia, agora os passeios são só com guia”, explicou.

Indignados com a crueldade gratuita contra os animais, que são considerados parte da família, os moradores se mobilizaram e esperam que estes tristes episódios cessem o mais rápido possível. “A gente vai fazer de tudo para descobrir quem é, porque maltratar animal é crime, caso esta pessoa não saiba”, afirmou o representante comercial Silvano Zanoni.

A dona de casa Juliana Gava Zanoni com o cachorro Alemão do Forró. (Reprodução | TV Gazeta Noroeste)

Dona de um vira-lata desde que era filhote, a dona de casa Juliana Gava Zanoni lamenta que tenha que manter o cão preso e também torce para que os envenenamentos parem de acontecer. “Temos esperança de que o culpado seja encontrado e que as providências necessárias sejam tomadas para não deixá-lo impune”, disse.

ORIENTAÇÃO DA POLÍCIA

Por meio de nota, a

informou que os casos de maus tratos a animais devem ser registrados em qualquer delegacia para que sejam investigados e explicou que quem comete tal crime é autuado no Artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais e que pode ser condenado a pagar multa de até R$ 5 mil.

Além disso, a nota também garantiu que o Disque-Denúncia (181) é a melhor forma da população auxiliar a polícia com informações que levem à prisão de quem comete este tipo de crime. Há também a possibilidade de registrá-las por meio do site oficial do Disque-Denúncia. O sigilo e o anonimato são garantidos e todas as denúncias são investigadas.

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