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Central Carapina: 'Tiroteios são frequentes e vão até de madrugada'

Central Carapina: "Tiroteios são frequentes e vão até de madrugada"

Na terça-feira (20) um jovem de 18 anos morreu em confronto com a Polícia Civil e houve revolta da população

Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 18:56

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Batalhão da Cimesp fez abordagens em Central Carapina. (Marcelo Prest)

Uma moradora de Central Carapina, que prefere não ser identificada, diz que a violência no bairro é constante, com tiroteios que vão até de madrugada. Ela relata que até alunos não podem estudar em uma das escolas da região, por ameaças de grupos rivais.

Na terça-feira (20), um jovem de 18 anos morreu em confronto com a Polícia Civil, que foi ao local para prender um traficante, que tinha mandado de prisão aberto. A situação gerou revolta na população, que queimou pneus, depredou uma viatura policial e chegou a causar confusão na BR 101.

Como foi a situação ontem no bairro?

Foi muito assustador e apavorante. Minha filha chorou muito. Teve marcas de bala na minha casa, além de cápsulas caídas dentro de casa - de 12mm. A única coisa que eu queria era pegar minha filha e sair correndo.

Vocês ficaram sem energia. Como foi?

Ficamos sem energia durante à noite. Teve muita fumaça porque as pessoas colocaram fogo (em pneus). Algumas pessoas passaram pela rua gritando. Foi desesperador. Todo dia tem tiroteio ali. Não sabemos mais o que fazer.

Como tem sido essa insegurança no bairro?

Frequentemente tem tiroteio, geralmente a partir de uma hora da manhã. Tem muito, inclusive até perto da escola. Muitos alunos aqui de cima não podem estudar lá embaixo, na escola Jones (José Nascimento). Muitas pessoas querem estudar, mas têm que ir para fora do bairro porque não podem ir lá embaixo.

Eles são coagidos?

Muito. Eu estudava e ficava com muito medo de ir lá, porque moro mais na parte de cima. Quem mora aqui não pode ir lá embaixo. Não podemos levar nossos filhos lá na pracinha para brincar por causa de tiroteio. Então é muito assustador.

E o clima hoje?

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Está tranquilo, mas ninguém está na rua e o comércio está fechado. As pessoas estão em pânico e com medo de sair de casa.

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