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Grupo se vinga de morte de amigo e lincha assassino em Guarapari

Grupo se vinga de morte de amigo e lincha assassino em Guarapari

Após uma discussão em um local que vende churrasquinho, Leandro Vieira Corrêa, de 25 anos, foi esfaqueado por Edmilson da Luz, de 31 anos, que acabou linchado

Publicado em 2 de fevereiro de 2018 às 14:03

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Leandro Vieira Corrêa morreu esfaqueado após discussão em bar . (Ricardo Medeiros )

Um estudante de engenharia de 25 anos foi assassinado com uma facada, dentro de um bar, por volta das 3h desta sexta-feira (2), no bairro Muquiçaba, em Guarapari. A vítima, Leandro Vieira Corrêa, também era servidor público da prefeitura da cidade. O assassino, Edmilson Lima da Luz, 43, foi linchado por pessoas que estavam no local, após o crime.

Testemunhas contaram que Leandro chegou ao bar, onde são vendidos churrasquinhos, junto com amigos, e se acomodou em uma mesa. O dono do local, o comerciante Raimundo Vitorino Costa, disse, em entrevista à TV Gazeta, que já estava fechando as portas quando os rapazes apareceram e pediram para tomar uma cerveja.

“Eu servi a cerveja para eles e estava preparando alguma coisa para comerem, quando a confusão aconteceu. Eram umas oito ou nove pessoas. Eu nem cheguei a ver como foi direito”, afirmou.

Segundo Raimundo, o vendedor ambulante Edmilson já estava no local. O comerciante afirmou ter reparado que ele estava alterado e armado. “A princípio eu vi que ele estava armado com a faca e ficava de mesa em mesa. Eu já estava cismado com ele. Ele parecia estar mal-intencionado”, contou.

Ainda de acordo com testemunhas, Edmilson dizia que estava disposto a matar e morrer. Ninguém soube dizer se houve uma discussão entre ele e Leandro, mas, em determinado momento, o vendedor ambulante sacou a faca e acertou o universitário na região da costela, do lado esquerdo. A vítima caiu no chão, gritando por socorro e dizendo que havia sido esfaqueado. Naquele momento, pessoas que estavam com o estudante partiram para cima do agressor.

Eles cercaram Edmilson e começaram o espancamento. Uma agropecuarista de 49 anos, que mora em um prédio vizinho, relatou a cena que presenciou da janela de casa. “Eu acordei e corri para a varanda. A gente viu o rapaz sendo muito espancado a pontapés. Os golpes foram praticamente todos na cabeça. A gente não podia fazer nada. Fiquei com medo até de gritar”, relatou.

A Polícia Militar e o Samu foram acionados. Quando a ambulância chegou, Edmilson já havia morrido. Leandro foi levado para um Pronto Atendimento da região, mas acabou morrendo.

Ninguém foi preso no local e agora a Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Guarapari investiga do caso. A reportagem esteve na unidade, mas o delegado estava em diligências e nenhuma informação sobre o caso foi passada.

TIO VAI AO DML

O taxista Jorge Antônio Corrêa foi ao DML para liberar o corpo do sobrinho . (Eduardo Dias)

No Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para liberar o corpo do sobrinho, o tio de Leandro, o taxista Jorge Antônio Corrêa, afirmou o sobrinho estava cursando o terceiro ano de Engenharia, e que ainda não sabia o motivo da morte dele. "A brutalidade está geral. Temos que ter fé em Deus e esperar que os jovens tenham mais consciência e mais fé em Deus".

Jorge Antônio foi ao local para esperar o irmão, pai de Leandro. "Recebi a notícia agora no caminho para cá. Meu irmão deve estar arrasado", finalizou. 

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