Um estudante de engenharia de 25 anos foi assassinado com uma facada, dentro de um bar, por volta das 3h desta sexta-feira (2), no bairro Muquiçaba, em Guarapari. A vítima, Leandro Vieira Corrêa, também era servidor público da prefeitura da cidade. O assassino, Edmilson Lima da Luz, 43, foi linchado por pessoas que estavam no local, após o crime.
Testemunhas contaram que Leandro chegou ao bar, onde são vendidos churrasquinhos, junto com amigos, e se acomodou em uma mesa. O dono do local, o comerciante Raimundo Vitorino Costa, disse, em entrevista à TV Gazeta, que já estava fechando as portas quando os rapazes apareceram e pediram para tomar uma cerveja.
Eu servi a cerveja para eles e estava preparando alguma coisa para comerem, quando a confusão aconteceu. Eram umas oito ou nove pessoas. Eu nem cheguei a ver como foi direito, afirmou.
Segundo Raimundo, o vendedor ambulante Edmilson já estava no local. O comerciante afirmou ter reparado que ele estava alterado e armado. A princípio eu vi que ele estava armado com a faca e ficava de mesa em mesa. Eu já estava cismado com ele. Ele parecia estar mal-intencionado, contou.
Ainda de acordo com testemunhas, Edmilson dizia que estava disposto a matar e morrer. Ninguém soube dizer se houve uma discussão entre ele e Leandro, mas, em determinado momento, o vendedor ambulante sacou a faca e acertou o universitário na região da costela, do lado esquerdo. A vítima caiu no chão, gritando por socorro e dizendo que havia sido esfaqueado. Naquele momento, pessoas que estavam com o estudante partiram para cima do agressor.
Eles cercaram Edmilson e começaram o espancamento. Uma agropecuarista de 49 anos, que mora em um prédio vizinho, relatou a cena que presenciou da janela de casa. Eu acordei e corri para a varanda. A gente viu o rapaz sendo muito espancado a pontapés. Os golpes foram praticamente todos na cabeça. A gente não podia fazer nada. Fiquei com medo até de gritar, relatou.
A Polícia Militar e o Samu foram acionados. Quando a ambulância chegou, Edmilson já havia morrido. Leandro foi levado para um Pronto Atendimento da região, mas acabou morrendo.
Ninguém foi preso no local e agora a Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Guarapari investiga do caso. A reportagem esteve na unidade, mas o delegado estava em diligências e nenhuma informação sobre o caso foi passada.
TIO VAI AO DML
No Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para liberar o corpo do sobrinho, o tio de Leandro, o taxista Jorge Antônio Corrêa, afirmou o sobrinho estava cursando o terceiro ano de Engenharia, e que ainda não sabia o motivo da morte dele. "A brutalidade está geral. Temos que ter fé em Deus e esperar que os jovens tenham mais consciência e mais fé em Deus".
Jorge Antônio foi ao local para esperar o irmão, pai de Leandro. "Recebi a notícia agora no caminho para cá. Meu irmão deve estar arrasado", finalizou.
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