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Pai acusado de abusar da filha em elevador ficou sete dias preso

Pai acusado de abusar da filha em elevador ficou sete dias preso

A Polícia Civil concluiu nesta terça-feira (20) o inquérito sobre o caso e indiciou o acusado por estupro de vulnerável

Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 00:46

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O titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente concluiu o inquérito nesta terça-feira (20). (Fernando Madeira | GZ)

O administrador de 36 anos, acusado de abusar sexualmente da própria filha, de 5 anos, em Vila Velha, ficou apenas sete dias na prisão. Ele havia sido preso no dia 22 de janeiro, e segundo a Secretaria de Estado da Justiça, foi solto no dia 29 do mesmo mês por conta de uma decisão judicial. O homem ficou detido na Penitenciária Estadual de Vila Velha V por sete dias. Não é possível saber o motivo da soltura pois o processo corre em segredo de Justiça. 

O crime aconteceu dentro do elevador de um condomínio de luxo, segundo imagens que a polícia teve acesso, após uma denúncia anônima. O nome do administrador não será divulgado para preservar a identidade da criança.

A Polícia Civil concluiu nesta terça-feira (20) o inquérito sobre o caso e indiciou o acusado por estupro de vulnerável. O resultado da investigação foi encaminhado ao Ministério Público do Espírito Santo junto com um pedido de prisão preventiva do acusado.

O CRIME

O caso aconteceu no dia 16 de janeiro quando pai e filha voltavam da piscina e estavam dentro do elevador. Os dois ainda estavam com trajes de banho - ela de biquíni e ele de sunga. A menina estava no colo do pai, com ele de costas, e por alguns segundos ela chega a colocar a mão sobre a câmera de videomonitoramento.

O titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Lorenzo Pazolini, não tem dúvidas do que houve dentro do elevador.

"Nós temos certeza absoluta de que dentro daquele elevador aconteceram fatos gravíssimos. Não é normal um pai tocar a própria filha daquela maneira. As imagens são muito claras. Não deixam nenhuma sombra de dúvidas. Efetivamente houve o crime consumado de estupro de vulnerável", destacou o delegado.

O delegado instaurou um inquérito policial e pediu um mandado de prisão temporária, aceito pela Justiça no dia 20 de janeiro. A polícia só localizou o administrador no dia 22 à tarde, quando ele foi preso.

Ainda segundo o delegado, o pai não demonstrou surpresa ao ser preso. "Dei a voz de prisão e ele apresentou muita tranquilidade, como se esperasse que isso fosse acontecer. Ele se resumiu a dizer que se tratava de uma brincadeira entre pai e filha", completou o delegado.

O QUE DIZ O ACUSADO

Apresentado e questionado na delegacia sobre as imagens divulgadas pela polícia, o administrador se defendeu e disse que se tratava apenas de uma brincadeira. "O que eu tenho a dizer é que é uma brincadeira que eu sempre faço com a minha filha. Se você pegar o histórico das câmeras, sempre faço isso com ela, a levanto porque ela quer encostar na câmera", afirmou.

Perguntado se a brincadeira teve conotação sexual, o suspeito disse que houve um equívoco por conta da posição da câmera. "Acabou que a posição que foi tirada o vídeo parecia, mas qual o pai que não dá um beijo na barriga da filha?", justificou.

Sobre a filha ter tapado a câmera com a mão, o homem afirmou que ela queria encostar na câmera. "Apenas levantei ela para dar tchau", finalizou.

De acordo com a polícia, a criança foi ouvida ainda no inquérito, encerrado nesta terça-feira (20). A menina passará por atendimento psicossocial.

Não foram encontradas imagens de pornografia infantil no smartphone do administrador e não houve mandado de busca e apreensão.

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