Imagens de câmeras de segurança da cidade de Manhumirim (MG) mostram o exato momento do acidente que matou o comerciante Fernando José de Oliveira, conhecido como Fernando Batata, na tarde de sábado (10). Fernando conduzia uma motocicleta quando foi atingido por um VW Golf, cuja suspeita é de que seria dirigido por Adhemar Pereira Fully, delegado de polícia titular nas cidades capixabas de Apiacá e Bom Jesus do Norte. O acidente ocorreu no momento em que o Golf realizava uma ultrapassagem proibida, batendo de frente contra o motociclista.
O veículo foi encontrado pela polícia minutos depois, abandonado em uma rodovia com a frente completamente destruída.
O motociclista foi encaminhado para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois. Acionada pelo Gazeta Online, a PCES declara que acompanhará as investigações para instaurar um processo administrativo e que a investigação sobre o acidente de trânsito seguirá sob a responsabilidade de Polícia Civil do município onde a ocorrência foi registrada, em Minas Gerais. A instituição ressaltou que a Corregedoria vai acompanhar as apurações para instauração de um processo administrativo.
Sobre o paradeiro do delegado Adhemar Fully, se já se apresentou à polícia, o delegado plantonista da delegacia de Manhumirim, identificado como Guilherme, informou que não estava autorizado a fornecer qualquer informação à imprensa. A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Minas Gerais durante todo o domingo, mas não obteve sucesso.
TRISTEZA NA CIDADE
Moradores de Manhumirim contaram à reportagem do Gazeta Online que Fernando Batata era dono de um bar muito frequentado na cidade, e que o comerciante era muito querido. O bar permaneceu fechado durante todo o domingo. "Era para estar lotado, no carnaval muita gente se reúne no bar", contou um morador, que preferiu não se identificar.
Fernando Batata já foi candidato ao cargo de vereador no município, nas eleições de 2016.
O corpo do comerciante foi sepultado na tarde deste domingo na cidade de Muriaé (MG).
POLÍCIA DO ES VAI ACOMPANHAR O CASO
A Polícia Civil do Espírito Santo informou que vai acompanhar a investigação da conduta do delegado Adhemar Pereira Fully. A Polícia Civil de Minas Gerais vai comandar a investigação e a PCES informou que pode abrir um processo administrativo.
O motociclista foi encaminhado para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois. Acionada pelo Gazeta Online, a PCES declara que acompanhará as investigações para instaurar um processo administrativo e que a investigação sobre o acidente de trânsito seguirá sob a responsabilidade de Polícia Civil do município onde a ocorrência foi registrada, em Minas Gerais. A instituição ressaltou que a Corregedoria vai acompanhar as apurações para instauração de um processo administrativo.
De acordo com jornais da região de Manhumirim, o veículo que que bateu contra o motociclista - modelo Golf 1.6 Sportline - foi encontrado abandonado na MG111 e tinha placas de São José do Calçado, Sul do Espírito Santo. O carro está em situação legal, de acordo com o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas (Sinesp).
A Secretaria de Estado da Segurança de Minas Gerais foi procurada pelo reportagem, mas não atendeu às ligações e nem respondeu ao e-mail enviado.
A reportagem também ligou para a Delegacia de Apiacá, mas o delegado não estava e, segundo servidor, Fully só voltaria a trabalhar na quinta-feira, depois do feriadão de carnaval.
VÍTIMA JÁ CHEGOU AO HOSPITAL EM SITUAÇÃO CRÍTICA
Um funcionário do Hospital Padre Júlio Maria, local que prestou os primeiros atendimentos à vítima, revela à reportagem do Gazeta Online que o motociclista chegou com muitos cortes por todo o corpo, em um estado extremamente grave. "Nós fizemos muitas suturas, fizemos o que deu para fazer. A mão, a barriga, a cabeça estavam machucados e havia muito sangramento com possível hemorragia. Tivemos que aspirar sangue da boca mais de uma vez até transferirmos ele para o Hospital César Leite, em Manhuaçu", detalha.
Esse funcionário destaca, ainda, que ninguém do hospital teve informações sobre a identidade de quem atropelou o motociclista, mas que os comentários eram de que o motorista realmente não prestou socorro à vítima e fugiu.
(Com informações de Pedro Permuy)
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta