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Mesmo tendo direito, Casagrande abriu mão de escolta policial

Mesmo tendo direito, Casagrande abriu mão de escolta policial

Uma lei estadual (nº 9.630) sancionada em 2011 pelo próprio Casagrande garante escolta a ex-governadores por até quatro anos após o fim do mandato

Publicado em 19 de março de 2018 às 09:38

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Ex-governador Casagrande é rendido e tem carro roubado em Vitória. (Mariana Perim)

O ex-governador Renato Casagrande, que foi rendido e teve o carro roubado na porta de casa, neste domingo (18), em Bento Ferreira, Vitória, afirmou que, apesar de ter direito, abriu mão da escolta policial. Uma lei estadual (nº 9.630) sancionada em 2011 pelo próprio Casagrande garante escolta a ex-governadores por até quatro anos após o fim do mandato. A segurança deve ser feita pelo quadro de pessoal da PM. Casagrande conta que chegou a desfrutar do benefício, mas abriu mão por compreender que não precisava do suporte.

O senhor desistiu de ter escolta?

Sim, abri mão. Usei uma parte do tempo, logo que acabou o meu governo, mas depois abri mão. Eu fui abordado hoje como um cidadão comum, e não porque sou ex-governador. 

 

Eles foram agressivos?

Não, mas também não discutimos, não impusemos resistência. Sei que se eu ficar nervoso numa situação como esta, eles ficarão tão ou mais nervosos ainda. Fiz o que é orientado à população: não impor resistência e fazer logo o registro do crime.

O carro foi encontrado sem danos?

Sim, tinha sido abandonado. Como diz a polícia, foi deixado em um lugar para o crime “esfriar” e provavelmente voltariam depois para buscá-lo.

Qual a sensação de passar por isso?

É a sensação de impotência que a população tem, de não poder fazer nada. E em uma hora como essa nem devemos fazer nada mesmo. O que cabe ao cidadão, e no meu caso como liderança política, é cobrar cada vez mais.

O ASSALTO

O ex-governador Renato Casagrande foi rendido por dois homens armados e teve seu carro, um Ford Focus, roubado na manhã deste domingo (18), na Avenida Carlos Moreira Lima, em Bento Ferreira, Vitória. O veículo foi encontrado em Manoel Plaza, bairro da Serra. O crime aconteceu por volta das 10h40. Até o momento, nenhum suspeito foi detido.

Casagrande contou que havia ido à igreja, no Bairro República, no início da manhã. Depois da missa voltou para casa, e estacionou o carro na rua porque sairia logo em seguida com a esposa, para almoçar na casa de um dos cunhados. Assim que o casal entrou no veículo, foi abordado por dois homens, um deles armado. Os dois criminosos exigiram que os dois saíssem rapidamente do carro. O ex-governador jogou, então, dois celulares no chão do veículo, um profissional e um de uso pessoal.

"Nós deixamos o carro do lado de fora porque tínhamos ido mais cedo ao Bairro República, e voltamos só para pegar as coisas e ir para lá (casa do cunhado). Quando entramos e fechamos as portas, uma pessoa me abordou com revólver para sair do carro, eu e minha esposa saímos, chegou a outra pessoa pediu que a gente saísse, a gente saiu", disse o ex-governador Renato Casagrande.

Na sequência, os criminosos fugiram com o veículo.

RASTREAMENTO

Segundo Casagrande, foi por meio do celular dele que a polícia conseguiu localizar o veículo abandonado. O ex-governador jogou os dois telefones dele - um pessoal e um institucional - no chão do carro antes de os criminosos saírem com o veículo.

"Logo fiz o registro no 190. Percebi que eles haviam achado apenas um dos aparelhos, e que o outro continuava ligado. Por isso, conseguimos rastrear pelo sistema do celular e vimos onde o carro estava", contou Casagrande.

Até o momento, nenhum criminoso foi encontrado.

PM: PATRULHAMENTO É DIÁRIO

Moradores se queixam com frequência de assaltos na região de Bento Ferreira, mas a Polícia Militar garante que realiza o patrulhamento diariamente por vários meios. “O bairro tem policiamento por diversas modalidades: utilizamos bicicletas, viaturas, motos e até mesmo a cavalaria”, afirmou a tenente Cyndi, supervisora do policiamento noturno.

De acordo com a tenente, a PM realiza reuniões com as comunidades mensalmente, não apenas com moradores de Bento Ferreira, mas também de outros bairros da Capital. “Há sim essa comunicação, até para que a população traga as demandas específicas de cada região. A partir dessas demandas, fazemos o policiamento”, ressaltou Cyndi, que ainda garantiu a manutenção do policiamento ostensivo no bairro.

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Com informações de Glacieri Carraretto

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