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PM reforça segurança nos morros da Piedade e Moscoso em Vitória

PM reforça segurança nos morros da Piedade e Moscoso em Vitória

Os irmãos Damião Reis e Ruan Reis foram assassinados no Morro da Piedade, em Vitória, no último domingo

Publicado em 28 de março de 2018 às 20:50

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Morro da Piedade, em Vitória. ( Google Street View)

A segurança nos principais acessos dos morros Piedade e Moscoso, em Vitória, será reforçada a partir da noite desta quarta-feira (28) depois dos ataques de criminosos aos irmãos Damião Reis, de 22 anos, e Ruan Reis, de 19, executados com mais de 40 tiros na madrugada do último domingo (25) na região. Policiais militares vão fazer patrulhas nas principais vias que dão acesso às comunidades.

De acordo com a apuração realizada pela reportagem, policiais da Força Tática, Campanhia de Missões Especiais e Companhia de Operação com Cães também estão escalados para apoiar equipes da Polícia Militar na operação. As ações serão executadas em horários distintos com o objetivo de identificar possíveis criminosos.

Clima tenso na região

Os morros Piedade e Moscoso lidam com o luto recente da morte dos irmãos Damião Reis e Ruan Reis. Segundo moradores, os jovens eram inocentes e não tinham qualquer envolvimento com o mundo do crime. Como agravante, moradores da região vêm sofrendo com o domínio que uma família do tráfico, segundo testemunhas, impõe à comunidade.

Ruan Reis (à esquerda) e Damião Reis (à direita): irmãos mortos na madrugada deste domingo com mais de 20 tiros cada. (Reprodução/Facebook)

De acordo com um morador expulso da Piedade, essa família que comanda o tráfico de drogas no local veio fugida de Cariacica há aproximadamente oito anos. Primeiro, se instalaram no Morro da Fonte Grande, onde teria expulsado sete famílias, em seguida, foi para a Morro da Piedade. "A gente nem imaginava como eles eram. A mãe rouba e tem mandado de prisão, tem filho preso e outros soltos", diz o homem, que não será identificado por questões de segurança.

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Obrigado a sair de casa pelos traficantes, o morador precisou deixar a comunidade e só conseguiu levar poucos objetos. "Naquela hora, se eu tenho uma arma ali, teria feito uma besteira. Eu tô cansado de tudo. Se eu morrer hoje, é a mesma coisa. Pra mim, tanto faz. Procurei as autoridades e o Ministério Público. Mas tive que sair. A gente está à mercê dos bandidos. Estou escondido em um lugar, pagando aluguel sem poder, um mês eu pago, deixo o outro atrasado. Saí para não acontecer uma tragédia", desabafa.

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