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Tripulantes de veleiro que saiu de Guarapari viram réus em Cabo Verde

Tripulantes de veleiro que saiu de Guarapari viram réus em Cabo Verde

Os homens são acusados de tráfico internacional de drogas. A Polícia Federal afirma que os brasileiros são inocentes

Publicado em 14 de março de 2018 às 20:42

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Os brasileiros embarcaram no barco em agosto de 2017. ( Reprodução/TV Globo)

Tripulantes de um veleiro que saiu de Guarapari viraram réus em Cabo Verde, na África. Os homens, que foram presos há sete meses por tráfico internacional de drogas, embarcaram em agosto de 2017. Quando chegaram no continente africano, a polícia identificou que a embarcação transportava mais de uma tonelada de cocaína.

Segundo informações do Jornal Nacional, a Polícia Federal afirmou que os brasileiros são inocentes. O gaúcho Daniel Guerra e os baianos Rodrigo Dantas e Daniel Dantas tinham o mesmo sonho: atravessar o Atlântico e comandar grandes embarcações, mas precisavam ganhar experiência em milhas náuticas e foram selecionados por uma agência internacional.

Uma reportagem do Fantástico mostrou que há dois meses, quando chegaram à ilha de São Vicente, em Cabo Verde, a polícia descobriu que a embarcação transportava mais de uma tonelada de cocaína. Os brasileiros e um francês, que comandava o veleiro, foram presos. Nesta segunda-feira (12), os tripulantes começaram a ser julgados pela Justiça do país africano.

Nos depoimentos, os brasileiros reafirmaram que não sabiam que estavam transportando a droga.“Todos os três depoimentos foram unânimes, que não conheciam, que não tinham conhecimento da carga que estava dentro do barco”, disse João Dantas, pai de Rodrigo.

Mais de uma tonelada de cocaína foi encontrada na embarcação. (Reprodução/TV Globo)

O veleiro, carregado de cocaína, navegou por boa parte da costa do Brasil. Os tripulantes embarcaram em Salvador e uma semana depois zarparam do porto de Natal, no Rio Grande do Norte.

Para o Ministério Público de Cabo Verde, a droga teria sido embarcada depois que o veleiro deixou Natal, no meio do Oceano Atlântico. Mas na Bahia, a Polícia Federal investigou o caso e chegou a uma conclusão diferente. Segundo o delegado que comanda o inquérito, a cocaína foi embarcada em Guarapari. Quando os tripulantes entraram na embarcação, a carga já estava escondida no porão.

O Ministério Público de Cabo Verde não quer reconhecer o relatório da investigação da Polícia Federal.

A PF aponta também que o dono da embarcação, George Saul, responsável pela carga, comprou o material para revestir o porão com fibra de vidro e que, quando o veleiro já estava carregado com a droga no Porto de Salvador, George Saul não saía de dentro da embarcação e se mostrava nervoso, de acordo com depoimentos de testemunhas.

Segundo as investigações, a droga estava tão escondida que nem uma inspeção da própria PF com um cão farejador, feita no Porto de Natal, conseguiu descobrir.

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Os brasileiros já estão presos há sete meses na cidade de Mindelo, ilha de São Vicente, em Cabo Verde. George Saul, o inglês dono do barco, responsável pela carga de mais de uma tonelada de cocaína, está foragido.

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