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Um ano depois, morte de universitários ainda é um mistério

Um ano depois, morte de universitários ainda é um mistério

Segundo a polícia, nenhuma das vítimas possuía envolvimento com o tráfico de drogas

Publicado em 24 de março de 2018 às 21:55

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Fábio Costa e Matheus Mauad foram mortos em Vila Velha. (Reprodução/Facebook)

Um ano após o assassinato dos universitários Fábio Silveira Costa, de 23 anos, e Matheus de Oliveira Mauad, de 24, a polícia afirma que ainda não há novidades sobre quem matou os estudantes e o porquê. Os amigos foram assassinados no dia 24 de março de 2017, no bairro Cocal, em Vila Velha, após saírem de uma academia de carro. 

O crime aconteceu por volta das 23h30, quando o estudante de Engenharia do Petróleo Matheus Mauad, e o calouro de Direito Fábio Costa, estavam dentro de um carro modelo Agile prata, na Rua 13, em frente à casa onde Matheus morava com a família. De acordo com testemunhas, os dois tinham acabado de sair da academia no carro de Fábio. Ele parou para deixar o Matheus e depois seguiria para casa, na Rua 12, paralela ao local onde o amigo morava.

O suspeito vestia um moletom de cor preta com capuz sobre a cabeça e bermuda. Ele chegou a pé, parou ao lado da porta do carona, sacou a arma e atirou.

Em abril, um mês depois do crime, o delegado Ricardo Almeida disse que nenhuma das vítimas possuía envolvimento com o tráfico de drogas e que o alvo principal do atirador deveria ser Fábio, pois o estudante de Direito foi baleado primeiro e, na tentativa de se proteger, saiu do carro e correu para a garagem da casa do amigo. Ele foi perseguido pelo bandido e levou mais tiros.

"Na expressão usada entre os criminosos, o suspeito teria 'dado um confere' ao perseguir Fábio, como se quisesse garantir que ele estivesse morto. Por isso, acreditamos que ele seria o alvo principal do atirador", afirmou o delegado Ricardo Almeida, na ocasião.

Seis meses após o crime, o delegado afirmou que não havia qualquer avanço concreto da polícia nas investigações. "Não há novidade nesse caso, segue tudo como antes, sem informações novas sobre a motivação ou o responsável pelo crime", disse, na época.

A reportagem tentou novo contato com o delegado, mas a Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação da Delegacia de Crimes Contra Vida de Vila Velha e que o delegado não passará maiores informações para não atrapalhar a apuração.

 

FAMÍLIA

Para os familiares da vítima, se já era difícil lidar com a perda, fica pior ainda com a demora nas investigações. Thiago Mauad, de 29 anos, irmão de Matheus, afirmou que aguarda o empenho das autoridades.

"A gente fica arrasado porque passou um ano e estamos sem respostas. Para nós, a cada dia que passa é uma dor em dobro. Dor de ter perdido Matheus e dor de sempre procurar a polícia e ouvir que não há novidade. O caso repercutiu em todo Brasil, dois universitários sem histórico criminal ou de brigas assassinados covardemente, mas nunca vimos o secretário da segurança se pronunciando", lamentou

Outra família que teve a rotina abalada e sofre com a falta de respostas é a de Fábio Silveira Costa, de 23 anos. A irmã dele, Bruna Costa, de 28 anos, falou como foi o último ano para a família.

"É difícil até de falar sobre isso. Minha mãe é a mais abalada até hoje. Temos procurado ocupar a cabeça e esperamos uma resposta da polícia, o que está demorando. Mas tenho esperanças que os criminosos serão encontrados. Não existe crime perfeito", acredita.

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