O pastor George Alves e a esposa Juliana Salles, também pastora, estão afastados dos ministérios que exercem na igreja temporariamente. Após a tragédia em que os filhos Kauã e Joaquim morreram carbonizados, a residência da família, no Centro de Linhares, ficou danificada pelo incêndio e continua fechada.
Desde o dia da tragédia, ocorrida no último sábado (21), eles estão hospedados em hotéis da cidade. O pastor Abisai Junior, amigo da família e de ministério, saiu de Conceição da Barra e foi para Linhares para dar suporte e prestar ajuda ao casal e convidou a família para ficar na casa dele, em Conceição da Barra, mas George e Juliana preferiram permanecer em Linhares.
VEJA ENTREVISTA
Por que o senhor veio para Linhares?
Sou amigo deles, de ministério. Vim ajudá-los com as questões da casa, de locomoção, dar suporte mesmo. Desde o incêndio, eles estão sem residência, hospedados em hotéis. Eles estão de licença dos ministérios da igreja por um período, porque não têm condições emocionais de continuar tocando a igreja nesse momento. O apóstolo Luiz pediu para que eles ficassem afastados um período, para cuidar deles e de tudo que precisassem. A igreja está ajudando financeiramente também, porque são muitos gastos. Vim convidá-los para ficar na minha casa, em Conceição da Barra, até para economizar, mas eles decidiram ficar em Linhares.
Houve algum impedimento para o casal sair da cidade?
Não, fui pessoalmente conversar com o delegado, perguntei se poderia levá-los para Conceição da Barra. Ele disse que não teria nenhum problema, só que eles teriam que voltar sempre que a polícia precisasse de algum esclarecimento. Então o casal decidiu permanecer em Linhares até esclarecer tudo, ficar à disposição para ajudar a polícia.
A casa está interditada?
Não, mas está fechada. Já foi periciada e desde então está fechada. Não tem condições de ficar lá dentro. A casa ficou destruída, vai precisar de uma grande reforma. Eu entrei na casa e só então consegui entender porque ele não teve condições de tirar as crianças do quarto. O reboco de todas as paredes do quarto das crianças caíram. A casa inteira está preta, da metade para cima das paredes. Não tem como uma pessoa conseguir respirar aquela fumaça toda.
Como eles estão?
Quando a gente enterra um familiar, a gente sofre, mas encerra o processo. Segue a vida. No caso deles, o processo não foi encerrado. É como se eles estivessem ainda no velório. Eles ainda não tiveram tempo de chorar a morte dos filhos. Eles não têm nem sequer um quarto para isso porque a casa deles está destruída. Vou ajudá-los a procurar uma nova casa.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta