Uma dívida de drogas fez com que uma amizade acabasse em morte, na Serra. Dois homens foram presos acusados de armar uma emboscada para assassinar, o então amigo deles, Kennedy Santos da Silva, em Barcelona. O executor dos disparos foi preso na manhã desta sexta-feira, dentro de um condomínio.
O crime aconteceu em fevereiro do ano passado, durante a greve da Polícia Militar. Segundo os levantamentos da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DDCV), onde o caso foi investigado, os amigos Renan Martins de Carvalho, 27 anos, e Rayner Moreira de Oliveira Jesus planejaram a morte de Kennedy.
Kennedy tinha uma dívida de R$ 400 em drogas com Renan. Os dois e Rayner eram amigos, mas com o a vítima não havia pagado o valor, eles decidiram matá-lo em uma emboscada, contou o delegado titular da DCCV de Serra, Rodrigo Sandi Mori.
Por ter a confiança e a amizade de Kennedy, Rayner marcou com o amigo em um bar para tomarem refrigerante e jogarem conversa fora. Porém, ao chegar ao ponto de encontro sozinho, Kennedy foi surpreendido por um carro. No veículo estava Renan, que abaixou o vidro e dali mesmo atirou contra Kennedy.
A vítima foi atingida por seis tiros e morreu no local. Desde o dia do crime, porém, a polícia tentava levantar informações, mas enfrentou muita dificuldade. Como foi durante o período da crise da segurança pública, muitas pessoas também não saíam das ruas, fato que dificultou que tivéssemos a ajuda de informações vindas da população, observou Sandi Mori.
Somente em março a polícia conseguiu provas suficientes para pedir a prisão preventiva dos acusados. Na semana passada, Rayner foi preso por militares no bairro André Carloni. Já na manhã desta sexta-feira, foi Renan que caiu nas mãos da equipe da DCCV da Serra.
Os policiais montaram uma operação e conseguiram localizar Renan no condomínio residencial onde ele estava morando, em Manguinhos. No apartamento, foram apreendidos cinco quilos de maconha, uma balança de precisão e munição calibre. 40.
Renan foi preso em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas e posse de munição de uso restrito, além do mandado de prisão por homicídio qualificado. Ele e o amigo que ajudou na emboscada já são réus no processo em que são acusados de matar Kennedy.
Em depoimento, Renan negou a participação na morte do amigo. Ao final do dia, ele foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de Viana, onde também está o comparsa, e amigo, Rayner.
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