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Mãe que acusou mulher de roubar bebê recupera o filho

Mãe que acusou mulher de roubar bebê recupera o filho

A informação foi confirmada pela delegacia Anti-sequestro (DAS)

Publicado em 11 de abril de 2018 às 18:30

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Mãe reencontra bebê roubado em Vila Velha. (Fernando Madeira)

Waléria Soares da Silva que acusou uma mulher de Vila Velha de ter sequestrado o filho recém-nascido, reencontrou o filho nesta quarta-feira (11). A mãe esteve na Delegacia Antissequestro (DAS), onde o caso foi registrado, e de lá saiu com o bebê de um mês nos braços. 

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A polícia ainda não confirma a versão de sequestro porque a acusada e a mãe que fez a denúncia dão versões bem diferentes para o fato.

 

O Gazeta Online publicou a história de Waléria nessa terça-feira (10). Capixaba, nascida em Vila Velha, ela mora na Bahia há dez anos, mas precisou voltar ao Espírito Santo para refazer os documentos que havia perdido. Chegou ao Estado no final do ano passado, passou dois meses em um abrigo, em Vila Velha e, nesse meio tempo, conheceu a mulher a quem acusa de ter roubado o bebê. Nesta reportagem, a acusada terá o nome fictício de Suelen porque o caso ainda é investigado e não houve autuação policial.

Sem parentes por aqui, Waléria diz que aceitou a oferta de Suelen, que lhe pareceu "uma boa pessoa", e foi morar na casa dela. "Ela disse que esteva grávida recentemente, mas que havia perdido o bebê. Me falou que eu não podia ficar no abrigo, porque a Justiça ia pegar a criança quando nascesse. Eu fiquei com medo, e também não queria ficar na rua. Ela falou que eu podia morar com ela e eu fui. Ela me tratava super bem, confiei. Quando fui morar lá, ela fazia de tudo para mim. Me dava roupa, me levava para comer no restaurante, me levava na praia. Onde ela ia me carregava. Eu não levei maldade nenhuma, mas depois ela roubou meu bebê", afirma.

Waléria passou os últimos três meses de gravidez na casa da acusada, em Ponta da Fruta. Quando entrou em trabalho de parto, foi levada pela então amiga para o Hospital Francisco de Assis, em Guarapari. Manoel Felipe Soares dos Santos nasceu às 12h29 do dia 8 de março de 2018, e o nascimento do menino foi acompanhado de perto por Suelen. Ao receber alta, mãe e filho voltaram para a casa de Ponta da Fruta. Três dias depois, no quinto dia de vida do bebê, Waléria decidiu voltar para a Bahia a fim de buscar a certidão de nascimento do marido e então conseguir registrar a criança. Foi a última vez que ela viu o filho.

"Ela (Suelen) me disse que eu não conseguiria viajar com a criança só com o papel que o hospital me deu, sem a certidão de nascimento, e disse que tomaria conta do bebê enquanto eu viajava. Ela pagou minha passagem, me levou na rodoviária e lá não me deixou nem pegar meu filho, dizendo que assim seria melhor para mim. Voltei para Camamu (cidade no sul da Bahia), peguei a certidão do pai e acabei registrando o menino lá mesmo. Voltei para o Espírito Santo com a certidão de nascimento, e quando cheguei descobri que ela tinha ido embora com o meu filho", conta Waléria.

Casada, Waléria diz que o marido não pode acompanhá-la nas viagens ao Estado porque precisou ficar na Bahia para cuidar do outro filho do casal. "Gabriel tem 5 anos e aguarda por um transplante de coração. Meu marido está desempregado, não tinha como vir, ficou cuidando do menino. Meu pais morreram, não tenho ninguém aqui. Vim porque perdi todos os meus documentos na Bahia e precisava tirar certidão de nascimento, identidade, CPF, tudo de novo. Sem documento não conseguia nem fazer o meu pré-natal", explica.

CONTRATO DE ALUGUEL DE UM MÊS

A casa onde Waléria deixou o filho, antes de ir para a Bahia atrás da certidão de nascimento, fica na Ponta da Fruta e foi alugada por Suelen. O Gazeta Online entrou em contato com o proprietário da casa, que afirmou que a mulher fez um contrato de aluguel de 20 dias e, depois, ampliou por mais 10 dias.

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"Ela (Suelen) me pediu para fazer um contrato de poucos dias porque a casa dela estava passando por uma reforma. Depois pediu para ampliar o contrato por mais dez dias porque o bebê ia nascer e não podia ficar em local com cheiro forte de tinta. Ela tratou a grávida muito bem, mas depois que o bebê nasceu e a mãe viajou para a Bahia sem ele, eu estranhei. O contrato encerrou e ela foi embora levando o neném. Até perguntei da mãe, mas ela desconversou. Dois dias depois que tinham ido embora, a Waléria apareceu aqui procurando por eles e ficou desesperada quando soube que tinham ido embora levando o filho dela", contou.

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