> >
PF no ES ajuda autoridades do RJ em investigação de roubo de celulares

PF no ES ajuda autoridades do RJ em investigação de roubo de celulares

O superintendente da PF no ES, Ildo Gasparetto, confirmou que há semelhanças na ação criminosa no Rio com a tentativa de roubo de um carregamento de dinheiro no Aeroporto de Vitória, no dia 3 de janeiro de 2017

Publicado em 19 de abril de 2018 às 14:59

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Assaltantes roubaram lote milionário de celulares no Galeão, no Rio. Carga saiu do Espírito Santo. (Reprodução)

Um trabalho de inteligência e integração é feito entre a Polícia Federal no Espírito Santo e as polícias do Rio de Janeiro na investigação do roubo milionário de carga de celulares ocorrido no Aeroporto do Galeão.

O superintendente da PF no Espírito Santo, Ildo Gasparetto, confirmou que há semelhanças na ação criminosa no Rio com a tentativa de roubo de um carregamento de dinheiro no Aeroporto de Vitória, no dia 3 de janeiro de 2017. Em ambos os casos estão envolvidos criminosos que atuam no Complexo da Maré, no RJ.

No último domingo (15), três suspeitos levaram uma carga de celulares Samsumg S9 o equivalente a R$ 3,4 milhões no Galeão, que fica na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. Por meio de rastreio, a polícia descobriu que os produtos foram levados para o Complexo.

“Existem coincidências em relação a mesma favela, por exemplo, mas o objetivo agora é fazer contato com o Rio e trocar informações para alimentar inclusive a Polícia Militar e a Polícia Civil em relação às competências de investigação”, explicou o Gasparetto.

No Espírito Santo, em janeiro de 2017, um grupo criminoso entrou no Aeroporto de Vitória usando uma caminhonete pintada de amarelo com adesivos da Infraero para roubar uma carga de dinheiro. Um funcionário da empresa responsável pelo carro forte foi sequestrado um dia antes para fornecer informações ao grupo. Ao serem descobertos, eles abandonaram o veículo, deixando também um fuzil calibre 7,62 com munições.

Em janeiro de 2018, a Polícia Federal informou que, na operação Yellow, sob o comando Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio e Tráfico de Armas no Espírito Santo (Delepat), um dos principais membros da facção criminosa Terceiro Comando Puro — que tem poder no Complexo da Maré — foi indiciado por diversos crimes. André Órfão dos Santos já estava preso em Bangu. Outros dois comparsas ainda estavam sendo procurados. Um deles, segundo a polícia, é Marcos Romoaldo Fernandes de Souza, o outro não havia sido identificado e seria o braço direito de André.

Apesar de haver coincidências, a Polícia Federal do Espírito Santo pondera que não há comprovação de que haja ligação entre os crimes. “Nós não temos nenhuma evidência até o momento. Estamos trocando informações”, afirma Gasparetto.

EMPRESA CAPIXABA

A empresa de logística responsável pelo transporte da carga roubada é capixaba. Em entrevista ao Gazeta Online, o dono afirmou que, em menos de um ano, a empresa foi alvo de quatro assaltos, mas não quis dar detalhar os fatos.

O coronel Venâncio Moura, diretor do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Rio de Janeiro (Sindicarga), foi quem denunciou o crime. Segundo Moura, a polícia informou que recuperar a mercadoria no Complexo da Maré exige uma operação planejada, por ser uma área de risco.

Enquanto isso, o empresário capixaba tenta ser otimista. “A gente espera que haja ação da polícia. A gente não perdeu a esperança de recuperar as mercadorias. Mas isso abalou financeiramente e emocionalmente a empresa”, disse.

Para o Sindicarga, há alguns anos o tráfico de drogas encontrou no roubo de cargas uma forma de sustentação. Por isso, para combater esse crime, é preciso desmantelar o tráfico. O sindicato cobra agilidade da polícia, já que foram encontrados anúncios de venda desses aparelhos na internet com preço abaixo do mercado.

“É muito difícil recuperar a carga. Os criminosos possuem toda uma estrutura para distribuir com muita rapidez. Perdeu-se um tempo precioso. A gente quer que a polícia aja para pegar esses celulares vendidos na rede”, afirmou o coronel.

O superintendente da Polícia Federal no Espírito Santo, Ildo Gasparetto, disse que é uma tendência o envolvimento do tráfico de drogas nesse tipo de ação. “A gente está acompanhando. O tráfico vai aonde tem lucro e se consegue financiar o modus operandi da quadrilha. O foco são produtos com valor alto e com destino rápido”.

PF no ES ajuda autoridades do RJ em investigação de roubo de celulares

TENTATIVA DE ASSALTO NO AEROPORTO DE VITÓRIA

Este vídeo pode te interessar

Em janeiro de 2017, bandidos armados invadiram a pista do Aeroporto de Vitória com a intenção de assaltar um avião, que havia acabado de pousar, carregado de dinheiro. A aeronave estava taxiando na pista, no momento em que eles apareceram. Funcionários que trabalham no Aeroporto acreditam que algo fora do previsto fez os bandidos desistirem do roubo.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais