O subtenente da Polícia Militar Ismarildo Pereira, 53 anos, sofreu uma tentativa de latrocínio, quando há roubo seguido de morte, por volta das 23 horas desta sexta-feira (20), em uma região conhecida como Carandiru, no bairro Joana Darc, em Vitória. O PM contou que estava voltando para casa quando entrou por engano na rua e foi abordado por cerca de seis indivíduos. O caso foi registrado na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
De acordo com a Polícia Militar, os criminosos renderam o policial e o agrediram com pedaços de ferro e madeira. A moto e arma do policial, uma pistola ponto 40, foram levadas pelos criminosos. A pistola estava carregada com 15 munições. Segundo a polícia, o subtenente não efetuou nenhum disparo contra os criminosos.
A equipe de policiais que atendeu a ocorrência conseguiu recuperar a motocicleta roubada. O veículo foi abandonado ao lado da pedreira do bairro Joana Darc. Até o momento nenhum suspeito foi identificado, e a arma ainda não foi encontrada.
O subtenente Ismarildo foi levado para o hospital São Lucas com edemas no rosto, um pequeno coágulo na cabeça, escoriações nos membros superiores e inferiores, queimadura na perna e com fortes dores no ombro. De acordo com a Polícia Militar, Ismarildo está consciente, mas segue internado em observação. A família do subtenente foi procurada, mas preferiu não se manifestar.
Exposição
O tenente-coronel Rogério Fernandes, presidente da Associação dos Policiais Militares do Espírito Santo, afirmou que casos de violência contra policiais estão mais frequentes desde a greve da PM. Depois de todo o desgaste que aconteceu na greve, os dados mostram que os confrontos ficaram mais frequentes. A audácia dos criminosos ficou ainda maior, ficamos em uma posição de vulnerabilidade que só será corrigida quando houver uma valorização do policial militar, disse.
Sobre a exposição dos policiais a situações de risco, o tenente-coronel explicou que há instruções como evitar usar farda quando estiver voltando para casa, principalmente porque muitos policiais moram em regiões consideradas vulneráveis. O policial também está exposto ao risco. Muitas vezes ele mora ou tem família nos locais onde atua. Tivemos policiais que foram ameaçados e até tiveram a família ameaçada, contou.
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