A professora Aline de Paula Nunes, de 37 anos, foi presa em flagrante na tarde desta quarta-feira (11) na Praia do Canto, em Vitória, acusada de aplicar o golpe das locadoras. Segundo a Polícia Civil, Aline é suspeita de revender carros de luxo que eram alugados em outros estados.
O golpe consiste em alugar carros luxuosos em locadoras de veículos e revendê-los. A polícia continua as investigações para descobrir de que estados vieram os carros e quem os alugava.
Segundo a polícia, para revender os veículos alugados, a professora usava documentos falsos e os repassava para terceiros.
De acordo com a titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações, Rhaiana Bremenkamp, é difícil para um leigo identificar que está sendo vítima de um golpe. A pessoa paga pelo veículo e não fica com ele porque só descobre que se trata de um carro de locadora quando não consegue transferir os documentos, disse.
A polícia chegou à professora por meio de denúncias anônimas. A acusada, que dá aulas de biologia na rede estadual, foi abordada na Praia do Canto, quando estava em um carro do modelo Jeep Renegade, avaliado em R$ 90 mil, que seria revendido no Estado.
Na casa dela, em Jardim Camburi, também na capital, foi encontrado um outro carro de luxo, uma Mercedes avaliada em R$ 160 mil, além de documentos de terceiros e contratos de locadoras, todos falsificados.
A polícia também encontrou uma planilha, onde consta a venda de outros sete carros, que teria gerado um lucro de R$ 326 mil.
SILÊNCIO
A delegada afirmou que, no momento do flagrante, a professora contou que estava usando o Jeep há cerca de três meses. Em depoimento, a acusada ficou em silêncio.
Aline foi autuada por receptação e associação criminosa e encaminhada para o Centro de Triagem de Viana. A professora ainda será investigada por estelionato e falsificação de documentos.
INVESTIGAÇÕES
A delegada Rhaiana Bremenkamp afirmou que ainda não é possível afirmar quantos veículos foram vendidos. Todo o esquema seguirá sendo investigado.
Além disso, por se tratar de um golpe comum em todo o País, a delegada acredita que Aline possa fazer parte de uma associação criminosa especializada no esquema.
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