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O corpo da doméstica Marlene Dias Martins, de 53 anos, que estava desaparecida desde a noite do último sábado (19), foi encontrado em um terreno baldio. A corpo da vítima foi localizado pelas filhas com sinais de espancamento em uma área de mata que fica no bairro Aparecida, em Cariacica, por volta das 7h30 da manhã desta segunda-feira (21).
De acordo com familiares de vítima, eles acreditam que ela tenha sido vítima de crime de abuso sexual. Eles contaram que a doméstica, que tinha duas filhas, morava no bairro Santa Rosa, também em Cariacica, e costumava ir até o bairro Aparecida para visitar o irmão.
As filhas de Marlene disseram que a mãe já havia se queixado de um homem que a assediava sempre que ela fazia esse trajeto. Ele dizia que queria se relacionar com ela, que queria ir na casa dela, e mesmo a doméstica negando as investidas, ele continuava a assediá-la.
De acordo com a filha da vítima, Vânia Dias Martins, auxiliar de serviços gerais, de 34 anos, a última vez que a mãe deu notícia foi na noite do ultimo sábado (19). Pela tarde, ela foi na casa do irmão, no bairro Aparecida, e por volta de 22 horas, outra filha dela entrou em contato com a mãe perguntando se ela já estava voltando pra casa e ela disse que não estava se sentindo bem porque havia ingerido muita bebida alcoólica, mas que tava tudo certo, que ela ia esperar melhorar um pouco e que depois ela iria pra casa.
Vânia revelou que a mãe tinha reclamado com a irmã sobre os abusos do suspeito. "Ela reclamou que, quando ela estava fazendo esse percurso, tinha um rapaz assediando ela. Ele estava seguindo ela. Ela dizia pra ele que não, queria "sair fora". Não acredito que ela conhecia ele, porque ela não comentou comigo. Ela não sabia de onde ele era. Não sei dizer há quanto tempo ela estava sendo assediada. Quando a encontramos, ela estava toda arrebentada. Machucaram ela toda. Tá toda roxa, pulso cortado, enforcada", explicou a auxiliar de serviços gerais, filha da vítima.
Preocupados, familiares tentaram ligar para Marlene, mas o telefone dela já estava fora de área. Foi então que elas decidiram que, se até segunda-feira (21) a mãe não aparecesse, elas iriam procurar a polícia e tentar informações sobre o paradeiro de Marlene.
Só que nesta segunda (21), antes delas irem até a delegacia e até ao Departamento Médico Legal (DML), elas decidiram fazer o percurso que a mãe fazia de casa até Aparecida, na casa do irmão. No caminho, elas encontraram em um terreno, no matagal, o corpo da mãe com sinais de espancamento. Ela estava com a chave e alguns objetos pessoais, mas o celular dela não foi encontrado.
A família acredita que ela tenha sido vítima de algum crime sexual e para eles o principal suspeito é esse homem - que eles não sabem quem é. Marlene era viúva e deixa duas filhas.
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