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Greve da PM: juíza chama atenção de mulheres durante audiência

Greve da PM: juíza chama atenção de mulheres durante audiência

Mulheres se exaltaram enquanto a deputada Janete de Sá falava

Publicado em 14 de maio de 2018 às 16:57

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Audiência de processos criminais sobre a greve da Polícia Militar . (Bernardo Coutinho )

Após a liberação de Theodorico, Euclério Sampaio (PDT), Bruno Lamas (PSB) e Janete de Sá (PMN) prestaram depoimento. Apenas Janete de Sá falou por mais de dez minutos. No final do depoimento da parlamentar, a juíza chamou a atenção de algumas rés que se manifestaram com a fala da deputada. 

Euclério foi indicado pela defesa de Gilmara Silveira Rodrigues Vazzoler. Questionado pelo advogado, ele declarou que se reuniu poucas vezes com as mulheres e que o movimento não tinha liderança. “Pelo que sei, a insatisfação era grande entre os militares. Não tinha cabeça (o movimento)”, disse.

Bruno Lamas testemunhou a pedido da defesa de Bianca da Cruz e Silva. Ele afirmou que não participou das reuniões com a comissão das mulheres porque não foi comunicado a tempo e “foi surpreendido como todos os capixabas” com o movimento.

Janete de Sá, chamada pela defesa de Raquel Fernandes Soares Nunes, foi a última a depor antes do intervalo para o almoço e foi a que mais falou. Ela afirmou que participou da reunião com as mulheres na Assembleia Legislativa. “Eram com as mulheres dos PMs no início do movimento. A reunião não teve sucesso. Não havia liderança no movimento e não tinha entendimento entre elas. Cada uma pensava de um jeito”, acrescentou.

A parlamentar disse que algumas mulheres tinham um poder maior de argumentação, mas nunca viu liderança entre elas. “No início, a gente achava que se justificava o movimento, mas que não seria sucedido por falta de cabeça. Existia uma vontade grande das mulheres defenderem teses que achavam justa para os maridos. Tentamos buscar soluções”, explicou.

A parlamentar garantiu que nunca contribuiu para o movimento. “Elas achavam que tinham direito, dos maridos ganharem melhores salários. Tentamos ser intermediador, mas não tínhamos como intervir no movimento”, explicou ao finalizar.

JUÍZA CHAMA ATENÇÃO DE RÉS

Janete pediu justiça para que ninguém seja punido sem ter cometido crimes. Nesse momento, as mulheres na sala gritaram apoiando a deputada.

A juíza que conduz o processo na 4ª Vara Criminal de Vitória, Gisele Souza de Oliveira, chamou a atenção dizendo que já havia falado que estava proibida qualquer manifestação na audiência e que se acontecesse novamente todas as mulheres seriam retiradas do Tribunal do Júri, onde acontece a audiência.

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Após o depoimento da deputada, foi feito um intervalo de 40 minutos. Os depoimentos de Marcelo Santos e Josias da Vitória ficaram para esta terça-feira (15), às 9h30 e 14 horas, respectivamente. Já as três testemunhas de Clayde Berger de Oliveira foram liberadas.

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