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Josias da Vitória: 'Falta de comando do governo deixou greve maior'

Josias da Vitória: "Falta de comando do governo deixou greve maior'

Audiência desta terça-feira (15) foi encerrada com o depoimento do deputa estadual; o depoimento das 14 rés foram adiados para o dia 29 de junho

Publicado em 15 de maio de 2018 às 18:45

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Deputado estadual Josias da Vitória. (Gazeta Online)

A última testemunha a depor na segunda parte da audiência da greve da Polícia Militar na 4ª Vara Criminal de Vitória, no Centro, nesta terça-feira (15), foi o deputado estadual Josias da Vitória (PPS). Ele disse que não tem conhecimento sobre quem liderou o movimento, mas atribuiu ao governo do Estado a falta de comando, o que acabou deixando o protesto ganhar maiores proporções.

Confira os principais pontos do depoimento do deputado Da Vitória: 

Reunião com mulheres dos policias

Participei de uma reunião na Assembleia Legislativa que aconteceu logo no início do movimento. A data eu não me recordo. A reunião durou cerca de 9 horas com 23 deputados estaduais, a senadora Rose de Freitas, o presidente da OAB e presença de entidades de classe da polícia militar e muitas esposas de militares. Na reunião houve-se uma posição conciliadora, em que as esposas que estavam presentes iam fazer um diálogo com as que estavam nos quartéis. E aquilo chegou ali como a possibilidade de ser extinto o movimento. Teve até um sentimento de comemoração por parte de todos em ver a possibilidade do fim daquele momento de manifestação nas portas das unidades militares estaduais. 

Organização das mulheres

Pela minha experiência ali não tinha nenhuma liderança ou organização. As mulheres chegaram de forma aleatória, de vários locais da Grande Vitória. Isso por comunicação via redes sociais. Era a primeira semana, mas que teve o maior pico de comunicação. Na minha percepção não tinha nenhuma líder ali. 

Governo

Se teve alguém do Governo na reunião eu não me lembro. Na minha percepção o Governo não tinha vontade nenhuma, parecia que não era para se resolver na Assembleia Legislativa. Havia um outro diálogo do Governo com outros familiares em outro local, enquanto a gente fazia esta reunião.  

Print no Facebook que tinha a frase "Um comando que não comanda precisa ser trocado. Chega"

Eu não acompanhei as publicações no Facebook, mas por diversas vezes eu falei na assembleia e possivelmente a minha assessoria deve ter publicado. Eu afirmei por diversas vezes que o Governo do Estado conduziu errado o formato de negociação. E a todo tempo eu solicitava que pudesse exaurir o máximo do diálogo. E o que nós vimos dos representantes do Governo eram dizer, no veículos de comunicação, tentarem uma forma de solucionar com ameaças, o secretário de segurança, André Garcia, principalmente. 

Sobre o movimento

Ele surpreendeu as pessoas desde a forma como ele nasceu. Tivemos informação que ele nasceu na Serra, mas não temos informação de quem começou. 

INTERROGATÓRIOS ADIADOS

Os interrogatórios das 14 rés, marcados para a tarde desta terça-feira (15), foram suspensos. Ele foi adiado porque ainda faltam serem ouvidas duas testemunhas. Rose de Freitas será ouvida por carta precatória e o procurador-chefe do ministério público do trabalho, Estanislau Tallon Bozi no dia 21 de maio às 13h. Por conta destas duas testemunhas que ainda faltam, o interrogatório das 14 rés foram adiados a pedido dos advogados. Foi então reagendada uma nova data para que as rés possam prestar depoimento, que será no dia 29 de junho, às 8h. 

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Na próxima quinta-feira (17) as audiências serão retomadas com os processos que envolvem os militares. 

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