O policial militar flagrado enquanto se masturbava em frente a uma escola em Jardim Camburi, também é acusado de abusar de uma menina de 11 anos na cidade de Colatina, região Noroeste do Espírito Santo. Assim como no episódio ocorrido em Vitória, o PM costumava observar a garota na frente da escola em que ela estudava.
A mãe da menina, uma vendedora ambulante de 33 anos, que não terá o nome revelado para não expor a criança, contou à reportagem do Gazeta Online que só descobriu que a filha era aliciada pelo PM depois que encontrou um bilhete na mochila da filha. A situação foi descoberta pela mãe no ano passado.
"Tem mais de um ano que isso aconteceu. Esse homem era meu vizinho. Ele via a minha casa da janela da casa dele e ficava fazendo sinais para a minha filha na janela. Ele passou a conversar com ela depois que começou a vigiá-la na porta da escola. Só descobri porque um dia fui procurar o meu celular dentro da mochila dela e encontrei um bilhete", conta.
Quando a vendedora ambulante descobriu o que acontecia, a filha já era abusada havia pelo menos seis meses no banheiro da garagem do prédio do policial.
"Quando descobri, a gente já morava em outra casa e minha filha estudava em outra escola. Pressionei a minha filha para contar o que tinha acontecido. Fiz questão de tirar satisfação com ele. Fui até a casa dele, ele ficou todo nervoso para se explicar e tentou de todas as formas me convencer a conversar com ele na garagem. Não entrei, ele me seguiu e eu precisei pedir ajuda na casa de uma vizinha. Minha filha só tinha 11 anos, ele nega que soubesse disso, mas sabia sim. Ela falou a idade para ele", afirma a mãe.
A mulher procurou ajuda do Conselho Tutelar e registrou Boletim de Ocorrência na delegacia de Colatina, mas reclama que o policial não foi punido. Segundo ela, o militar chegou a dizer que fugiria com a garota assim que ela completasse 14 anos.
"Ele fez a cabeça da minha filha, que só tinha 11 anos. Disse para ela que quando ela completasse 14 anos não teria mais problema algum e que aí ele fugiria com ela. Fiz tudo que eu podia, denunciei na polícia e só o que fizeram foi colocá-lo para trabalhar em Pancas. Se ele estava em Vitória, na porta de escola, fazendo isso, tenho certeza de que há outras vítimas além da minha filha", relata.
Em depoimento prestado à polícia, na presença do Conselho Tutelar, a menina contou como eram os abusos. No entanto, desde que mudou de endereço, e que as denúncias foram feitas, o PM não voltou a procurar a garota.
"Nunca expus minha filha, não levei ela até esse pedófilo. Não admito uma coisa dessas, não aceito que um cara desses fique solto colocando em risco a vida da minha filha e de outras crianças e adolescentes".
Procurada pela reportagem, a Polícia Civil afirmou por nota que "o Inquérito Policial foi concluído e remetido à Justiça", mas não deu detalhes.
SOLDADO FOI AFASTADO DA PM
Depois de ser fotografado enquanto se masturbava em frente a uma escola em Jardim Camburi, o soldado - que é lotado no Batalhão da PM em Colatina - foi afastado da Polícia Militar.
Por nota, a PM afirmou que a atitude do soldado "vai de encontro a todos os esforços da sociedade e das instituições policiais" e confirmou a "a abertura de um processo administrativo disciplinar demissionário, a fim de julgar a conduta atribuída ao militar".
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