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Presidente da ACS diz que soube da greve pela imprensa e MP rebate

Presidente da ACS diz que soube da greve pela imprensa e MP rebate

Renato Conceição disse ter tomado conhecimento do movimento pela mídia, mas no site da Associação de Cabos e Soldados já havia postagens sobre o movimento, como diz MP

Publicado em 15 de maio de 2018 às 17:23

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Sargento Renato Martins Conceição, presidente da Associação de Cabos e Soldados da PMES. (Repodução/Gazeta Online)

O presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar, o sargento Renato Conceição, fez questão de dizer em seu depoimento na manhã desta terça-feira (15), na segunda parte da audiência da greve da Polícia Militar, na 4ª Vara Criminal de Vitória, que o movimento não tinha nenhuma liderança e que o Governo já tinha demonstrado isso. Renato disse ainda que só soube da greve pela imprensa, porém o representante do Ministério Público rebateu dizendo que no site da ACS já havia informações detalhadas sobre o movimento. 

Abaixo, acompanhe os principais pontos do depoimento do presidente da ACS, Renato Conceição: 

Ficou sabendo pela mídia

Reafirmo que tomei nota pela imprensa. Reafirmo isso. Qualquer situação que fuja à normalidade e que diz respeito ao associado, ao militar, a gente acompanha é bem provável que o vídeo (sobre o movimento) tenha até sido feito pelo membro da associação. Pelo que eu lembro eu nem estava na Sesp esse dia.

Acordo do dia 10/02

Neste acordo existia o que eu chamo de uma anistia prévia administrativa. O Governo se comprometia a não instaurar procedimentos administrativos contra os policiais. Em 60 dias nós teríamos o encaminhamento de uma proposta de carga horária, isso se encaminharia para a assembleia, se estabeleceria uma mesa permanente de negociação com o governo, no aspecto da questão salarial e de carreira também se abriria uma discussão, com a condicionante de até pela manhã se liberasse os batalhões. 

Divulgação da greve atrapalhou

A divulgação a meu ver atrapalhou a negociação. O Governo, quando convocou a coletiva de imprensa, ele tirou credibilidade das associações para tentarem uma saída em relação a aquele processo de crise. Todo o papel das associações em fevereiro foi de mediação. 

Fake news

Existiu fake news naquele período? Existiu. A ACS, de alguma forma, apoiou o movimento? Nosso apoio foi o apoio de uma associação que representa militares. Apoio moral aos familiares, e solidariedade ao movimento. E mesmo nesse aspecto, no dia em que foi declarado a ilegalidade, nós nos afastamos. Não houve apoio material. 

Governo maior incitador

Fim do movimento eu deposito mais na conta do Governo que na dos incitadores. O Governo não queria acabar no dia 10/02. Se ele quisesse acabar ele teria seguido as orientações das associações. Tudo foi estudado pelo Governo. Pra quê ele chamou uma coletiva de imprensa para dizer que ia acabar se sabia que não ia acabar? Então o maior incitador no dia 10/02 foi o Governo. 

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