A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (22) um homem de 31 anos com mandado de prisão por suspeita de participação em roubo à agência dos Correios de Itarana, interior do Espírito Santo. A prisão aconteceu no Estádio Krestovsky, em São Petersburgo, na Rússia, enquanto o suspeito assistia o jogo entre Brasil e Costa Rica.
O suspeito, que não teve a identidade revelada pela PF, estava foragido e teve o mandado de prisão preventiva decretado pela 1° Vara Federal Criminal do Espírito Santo. O crime ocorreu em 22 de março do ano passado. Ainda segundo a PF, o homem estava com um passaporte de nacionalidade italiana.
Segundo o superintendente da Polícia Federal no Espírito Santo, Ildo Gasparetto, a prisão só foi possível porque o nome do suspeito constava na lista de procurados da Interpol. "Foi um trabalho muito bem feito. Investigações apontaram que ele poderia ter fugido para o exterior, foi quando colocamos o nome dele na lista de difusão vermelha, possibilitando a prisão", explicou.
As investigações da PF apontaram que o preso participou do assalto, juntamente com outros dois comparsas, tendo ameaçado funcionários e clientes com uma arma de fogo. Mais de R$ 26 mil foram levados dos cofres da agência. O inquérito também apontou que o grupo já havia tentado roubar a agência dos Correios no município de João Neiva, naquele mesmo dia.
Ainda segundo a investigação da PF, o grupo criminoso ao qual o homem detido na Rússia fazia parte se apropriou de mais de R$ 500 mil em assaltos a pelo menos seis agências dos Correios na Grande Vitória, entre os meses de fevereiro e março de 2017.
A prisão foi efetuada por policiais federais enviados para o Centro Internacional de Cooperação Policial (CICP), em Moscou, para atuar nos estádios durante os jogos do Brasil e auxiliar nas ocorrências envolvendo cidadãos brasileiros. Na época, dois suspeitos foram considerados foragidos após a expedição de mandados de prisão.
O superintendente explicou ainda que, em grandes eventos internacionais, os policiais agem de forma integrada às autoridades locais, facilitando a identificação e a localização de foragidos. "Todos os países, que participam ou não da copa, mandam equipes de policiais para fazer esse cerco", disse.
O brasileiro que, segundo o superintendente, já foi preso pelas autoridades russas, aguarda o envio de documentações para que seja extraditado para o Brasil. "Foi feita a prisão, agora precisamos mandar as documentações para solicitar a extradição", completou.
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