Um gari foi atropelado e teve as duas pernas fraturadas enquanto trabalhava, na noite desta terça-feira (12), na Avenida Champagnat, em Vila Velha. O responsável pelo acidente foi o estudante Gabriel Andrade Rodrigues, 18 anos, que pegou o carro do tio escondido para ir a uma lanchonete. Ele não possui a carteira de habilitação.
Era por volta das 23 horas quando o veículo Fiat Palio, conduzido por Gabriel, bateu na traseira do caminhão de lixo. No carro, além do estudante, também estavam o irmão dele e um primo, ambos de 16 anos.
O trio havia acabado de sair de uma lanchonete e seguia no sentido Praia da Costa. Em depoimento à Polícia Civil, Gabriel disse que seguia logo atrás do caminhão quando o veículo parou para fazer a coleta de lixo e ele não teve tempo de frear.
O gari, de 20 anos, que seguia em pé na parte de trás do caminhão de lixo, foi atingido pelo Palio. Um dos ferimentos provocou fratura exposta na perna direita da vítima. Segundo a Polícia Militar, testemunhas relatam que depois de provocar o acidente, Gabriel ainda tentou fugir, mas foi impedido por policiais que estavam em um restaurante próximo ao local.
Ele foi levado para a 2ª Delegacia Regional, em Cobilândia, onde prestou depoimento. Ele disse que em nenhum momento tentou fugir do local, pelo contrário. Ficou lá e prestou todas as informações necessárias à polícia, garantiu o advogado do estudante, Renato Cintra.
Gabriel foi autuado por lesão corporal e por dirigir sem carteira. Ele pagou fiança no valor de R$ 2 mil e foi liberado na manhã desta quarta-feira (13).
VÍTIMA SEGUE INTERNADA
O gari segue no Hospital Antônio Bezerra de Farias, em Vila Velha, onde passou por uma cirurgia e continuará internado. Ele está acompanhado da avó, a aposentada Francina Pereira. Por telefone, ela conversou rapidamente com a reportagem e disse que o neto está bem, mas assustado ainda.
Ele estava trabalhando e aconteceu uma coisa dessas. Graças a Deus não corre o risco de perder a perna. Esse rapaz (motorista), tinha que andar certo, ter carteira. Não pode pegar o carro, sair por aí e ficar fazendo vítima, como quebrar as duas pernas de um trabalhador, enquanto está por aí, fazendo o que não deve. Caça um serviço e vai trabalhar, falou.
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